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SÃO PAULO – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve alta de 1,17% em novembro frente outubro – o maior valor para o mês desde 2002, quando ficou em 2,08%. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No ano, o indicador acumula alta de 9,57%, e nos últimos 12 meses, de 10,73%, acima dos 10,34% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro, o indicador havia registrado alta de 1,20% na comparação mensal.
Considerado uma prévia da inflação oficial, o indicador veio levemente acima do esperado por economistas consultados pela Refinitiv, de alta de 1,10% frente a outubro, e de 10,65% na comparação anual.
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O maior impacto individual no índice no mês (0,40 p.p) veio da gasolina, que teve alta de 6,62% e influenciou o resultado dos transportes, que registraram, de longe, a maior variação (2,89%) e o maior impacto (0,61 p.p.) entre os grupos pesquisados. No ano, o combustível acumula variação de 44,83% e, em 12 meses, de 48%.
Outro destaque foi o transporte por aplicativo (16,23%), que já havia subido 11,60% em outubro. Por outro lado, houve redução nos preços das passagens aéreas (-6,34%), após altas consecutivas em setembro (28,76%) e em outubro (34,35%).
Além dos transportes, os outros oito grupos de produtos e serviços pesquisados também tiveram alta em novembro. Em habitação (1,06%), a maior contribuição foi do gás de botijão (4,34%), cujos preços subiram pelo 18° mês consecutivo, acumulando 51,05% de alta no período iniciado em junho de 2020.
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A energia elétrica (0,93%) teve variação menor que a de outubro (3,91%) e contribuiu com 0,05 p.p. no índice do mês.
Vale lembrar que desde setembro está em vigor a bandeira tarifária Escassez Hídrica, que acrescenta R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos. Além disso, houve reajustes nas tarifas de energia em Goiânia, Brasília e São Paulo.
Ainda de acordo com o IBGE, no grupo “saúde e cuidados pessoais”, a alta de 0,80% foi influenciado pelos itens de higiene pessoal (1,65%) e produtos farmacêuticos (1,13%).
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Juntos, os grupos transportes, habitação e saúde e cuidados pessoais contribuíram com 0,88 p.p. no IPCA-15 de novembro, o equivalente a cerca de 75% do índice do mês.
Já alimentação e bebidas (0,40%) desacelerou em relação a outubro (1,38%), devido às altas menos intensas nos preços do tomate (14,02%), do frango em pedaços (3,07%) e do queijo (2,88%).
Houve ainda quedas nas carnes (-1,15%), no leite longa vida (-3,97%) e nas frutas (-1,92%). Por outro lado, os preços da batata-inglesa (14,13%) subiram mais do que em outubro (8,57%). A cebola teve variação positiva (7,00%), após a queda de 2,72% no mês anterior.
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Leia também: Guia sobre o IPCA, o principal índice brasileiro de inflação
Na alimentação fora do domicílio (0,15%), destacam-se a aceleração da refeição (de 0,52% em outubro para 0,88% em novembro) e o recuo nos preços do lanche (-1,08%).
Vestuário (1,59%) teve a segunda maior variação do mês, com altas em todos os itens pesquisados, com destaque para roupas femininas (2,05%), masculinas (1,88%), e infantis (1,30%), além dos calçados e acessórios (1,28%).
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No ano, o grupo acumula variação de 8,64%, enquanto no acumulado do mesmo período de 2020, o resultado foi negativo (-1,31%).
De acordo com o IBGE, os demais grupos do IPCA-15 ficaram entre o 0,01% de Educação e o 1,53% de Artigos de residência.
Saiba mais sobre como são calculados os índices de inflação assistindo ao vídeo abaixo: