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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), a prévia da inflação oficial do País, mostrou nova desaceleração, com uma variação de 0,04% em junho, informou nesta terça-feira (27) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em junho de 2022, o IPCA-15 tinha ficado em 0,69%.
O dado divulgado hoje ficou um pouco acima da estimativa dos analistas do mercado financeiro: o consenso Refinitiv apontava para inflação de 0,01% no mês.
Nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 3,40%, abaixo portanto dos 4,07% observados nos 12 meses até abril. Para essa leitura, o consenso dos analistas estava em 3,39%.
O dado manteve a tendência de desaceleração no ano, após ter alcançado 0,76% em fevereiro, 0,69% em março, 0,57% em abril e 0,51% em maio.
Segundo o IBGE, seis dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados registraram alta no mês de junho.
Grupos
No grupo Habitação, com inflação de 0,96% no mês, os destaques foram a alta da taxa de água e esgoto (3,64%) aplicada em capitais como Curitiba, São Paulo, Recife e Belém, e a alta da energia elétrica residencial (1,45%) em Belo Horizonte, Recife, Fortaleza e Salvador. Contudo, houve queda no gás encanado (-0,33%) diante das reduções tarifárias em Curitiba e no Rio de Janeiro.
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Em Despesas pessoais (0,52%), sobressaiu a alta de 6,19% nos jogos de azar, após reajuste médio de 15% no valor das apostas. Cinema, teatro e Concertos (1,29%) e pacotes turísticos (1,07%) também registraram alta no mês.
O resultado do grupo Saúde e cuidados pessoais (0,19%) foi influenciado pela elevação nos preços dos planos de saúde (0,38%), decorrente do reajuste de até 9,63% autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em 13 de junho.
Esse reajuste tem vigência a partir de maio de 2023, com o ciclo se encerrando em abril de 2024. Assim, no IPCA-15 de junho foram apropriadas as frações mensais de maio e junho.
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Nos Transportes (-0,55%), a variação negativa foi puxada em grande medida pela queda nos combustíveis (-3,75%). Além da gasolina (-3,40%), os demais combustíveis também sofreram recuo nos preços: óleo diesel (-8,29%), etanol (-4,89%) e gás veicular (-2,16%).
Além disso, os preços do automóvel novo caíram 0,84% e contribuíram com -0,03 p.p. no índice do mês. Ainda em Transportes, as passagens aéreas registraram alta de 10,70%, após queda de 17,26% em maio. E a alta de 0,99% em ônibus urbano deve-se ao reajuste de 33,33% em Belo Horizonte.
Também houve deflação no grupo Alimentação e bebidas (-0,51%). A alimentação no domicílio registrou queda (passando de 1,02% em maio para -0,81% em junho) enquanto na alimentação fora de casa houve desaceleração nos preços (de 0,73% para 0,29%).
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Em relação aos índices regionais, quatro áreas tiveram alta em junho. A maior variação foi registrada em Recife (0,45%), por conta das altas da energia elétrica residencial (8,21%) e da taxa de água e esgoto (4,61%). Já a menor variação se deu em Goiânia (-0,66%), influenciada pela queda de 4,42% da gasolina.