IPCA-15 acelera para 0,44% em maio, puxado por gasolina, diz IBGE

O grupo Transportes avançou 0,77% no mês, em grande parte por causa da alta na gasolina (1,90%); em 12 meses, a variação do IPCA-15 em maio foi de 3,70%

Roberto de Lira

Posto de gasolina do Rio de Janeiro (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)
Posto de gasolina do Rio de Janeiro (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

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O IPCA-15, prévia da inflação oficial do país, voltou a acelerar em maio, para 0,44%, após a variação de 0,21% observada em abril, informou nesta terça-feira (28) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em maio de 2023, o IPCA-15 tinha sido de 0,51%.

As maiores influências vieram dos grupos Saúde e cuidados pessoais, que registrou alta de 1,07%, e Transportes, que acelerou 0,77%, em grande parte por causa da alta na gasolina (1,90%), responsável por um impacto de 0,09 p.p. no índice geral.

Em 12 meses, a variação do IPCA-15 em maio foi de 3,70%, abaixo dos 3,77% nos 12 meses imediatamente anteriores.

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O dado de maio veio abaixo da estimativa de analistas, que previam inflação mensal de 0,49% e índice de 3,75% em 12 meses.

Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram resultados positivos em maio. A alta nos preços em Saúde e cuidados pessoais (1,07%) teve influência dos produtos farmacêuticos (2,06% e 0,07 p.p. de impacto), após a autorização do reajuste de até 4,50% nos preços dos medicamentos, a partir de 31 de março.

Além disso, higiene pessoal apresentou aceleração de 0,29% em abril para 0,87% em maio, influenciado, principalmente, pelo perfume (1,98%).

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Transportes

No grupo Transportes (0,77%), outra influência destacada foram as passagens aéreas, que subiram 6,04% no mês. Além da gasolina, os demais combustíveis subiram 2,10%, como o etanol avançando 4,70% e o óleo diesel subindo 0,37%.. Por outro lado, o gás veicular (-0,11%) registrou queda no preço.

Destaca-se também a variação do metrô (2,53%), que foi influenciada pelo reajuste de 8,69%, a partir de 12 de abril, no Rio de Janeiro (7,45%). Já a alta do subitem táxi (0,73%) decorre do reajuste médio de 17,64%, a partir de 22 de abril, em Recife (14,12%).

Alimentação e bebidas

No grupo Alimentação e bebidas (0,26%), a alimentação no domicílio subiu 0,22% em maio. As principais contribuições positivas foram as altas da cebola (16,05%), (15,82%) do café moído (2,78%) e do leite longa vida (1,94%). No lado das quedas, destacam-se o feijão carioca (-5,36%), as frutas (-1,89%), o arroz (-1,25%) e as carnes (-0,72%).

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A alimentação fora do domicílio (0,37%) acelerou em relação ao mês de abril (0,25%), em virtude da alta mais intensa da refeição (0,07% em abril para 0,34% em maio). O lanche (0,47%) teve variação igual à registrada no mês anterior.

Habitação

No grupo Habitação (0,25%), a alta da taxa de água e esgoto (0,51%) foi influenciada pelos reajustes de 6,94% em São Paulo (1,39%), a partir de 10 de maio, e de 1,95% em Goiânia (1,01%), a partir de 1º de abril.

Em energia elétrica residencial (0,17%), reajustes tarifários foram aplicados nas seguintes áreas: Salvador (3,26%), com reajuste de 1,63%, a partir de 22 de abril; Recife (-1,08%), com reajuste de -2,64% a partir de 29 de abril; e Fortaleza (-3,69%), com reajuste de -2,92% a partir de 22 de abril.

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Os outros resultados positivos em maio vieram de Vestuário (0,66%), Despesas pessoais (0,18%), Comunicação (0,18%) e Educação (0,11%), enquanto Artigos de residência (-0,44%) registrou a única retração no mês.