Inflação argentina atinge nível mais baixo em quase cinco anos em vitória para Milei

O índice desacelerou em relação a dezembro, quando registrou alta mensal de 2,7%

Reuters

Bandeira da Argentina na Casa Rosada (Foto: Divulgação/Casa Rosada)
Bandeira da Argentina na Casa Rosada (Foto: Divulgação/Casa Rosada)

Publicidade

BUENOS AIRES (Reuters) – A taxa de inflação mensal da Argentina caiu para 2,2% em janeiro, a mais baixa desde meados de 2020, depois que o presidente libertário Javier Milei assumiu o cargo há pouco mais de um ano, introduzindo medidas de austeridade que ajudaram a estabilizar a economia combalida.

O aumento do índice de preços ao consumidor argentino ficou um pouco abaixo das previsões de analistas, de 2,3%, e abaixo dos 2,7% de dezembro, uma vitória para Milei, que busca manter o impulso positivo da economia em meio a negociações de um novo acordo com o Fundo Monetário Internacional.

A Argentina, grande exportadora de grãos e produtora de energia em ascensão, vem lutando contra uma inflação de três dígitos nos últimos anos.

Essa taxa, na base anual, se aproximou de 300% no início do ano passado, mas diminuiu desde então, registrando 84,5% em janeiro, segundo dados da agência oficial de estatísticas INDEC. A inflação mensal, que atingiu um pico de cerca de 25%, tem se mantido entre 2% e 3% desde outubro.

A redução da inflação é fundamental para o governo de Milei, que deseja eliminar os controles de capital que prejudicam negócios e investimentos. Ele quer que a inflação permaneça abaixo de 2% para permitir o fim dos controles, embora analistas continuem cautelosos quanto à data em que isso poderá ocorrer.