Inflação da zona do euro acelera em novembro; núcleo dos preços repete alta anterior

O núcleo da inflação, que é o foco principal do BCE ao definir a taxa de juros, manteve-se estável em 2,7% na base anual

Reuters

Bandeira da União Europeia (Foto: Christian Lue/Unsplash)
Bandeira da União Europeia (Foto: Christian Lue/Unsplash)

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FRANKFURT (Reuters) – A inflação da zona do euro acelerou em novembro, com seus componentes mais observados permanecendo altos, mostraram dados nesta sexta-feira (29), favorecendo os argumentos a favor de um corte mais cauteloso da taxa de juros pelo Banco Central Europeu no próximo mês.

A inflação ao consumidor nos 20 países que compartilham o euro atingiu 2,3% na base anual em novembro, de acordo com os dados da Eurostat, valor superior aos 2,0% registrados no mês anterior e acima da meta de 2% do BCE, mas em linha com as expectativas.

A inflação acelerou principalmente devido a um efeito de base estatística, uma vez que os valores excepcionalmente baixos do ano passado foram eliminados da série cronológica, substituídos por valores relativamente modestos, mas um pouco mais altos.

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O núcleo da inflação, que é o foco principal do BCE ao definir a taxa de juros, manteve-se estável em 2,7% na base anual, uma vez que a pequena desaceleração nos custos de serviços foi compensada pela inflação mais alta de bens.

O crescimento dos preços de serviços, o maior item individual da cesta de preços ao consumidor, tem oscilado em torno de 4% no último ano e desacelerou de 4,0% para 3,9% neste mês.

Os preços dos serviços tendem a ser mais altos do que a média geral, mas os membros do BCE argumentam que é desejável um valor mais próximo de 3%.

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A leitura desta sexta-feira, no entanto, pouco altera o quadro geral de que a inflação está lentamente voltando para a meta do BCE em uma base mais duradoura no próximo ano, de modo que novos cortes na taxa de depósito de 3,25% continuam sendo justificados.

A principal questão por enquanto é se uma redução de 25 pontos-base em 12 de dezembro é suficiente ou se o banco deve optar por um corte de 50 pontos.

Os mercados precificam totalmente o corte menor e veem menos de 10% de chance de um movimento maior. Entretanto, as expectativas têm sido voláteis, e a precificação ficou próxima de 50% na semana passada, após uma pesquisa de atividade empresarial particularmente fraca.

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(Por Balazs Koranyi)