Inflação ao produtor na Alemanha desacelera para 4,1% em abril ante mesmo mês de 2022

Variação anualizada do PPI de abril foi a menor registrada desde abril de 2021, quando chegou a 5,2%; inflação mensal foi de 0,3%

Roberto de Lira

Bandeira da Alemanha (Foto: Getty Images)
Bandeira da Alemanha (Foto: Getty Images)

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O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) da Alemanha mostrou desaceleração em abril, ao registrar alta de 4,1% na comparação com o mesmo mês do ano passado, abaixo da leitura de 6,7% observada em março. A variação anualizada de abril foi a menor registrada desde abril de 2021, quando chegou a 5,2%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (19) pelo Destatis, o departamento de estatísticas do país.

Na comparação com o mês anterior, o PPI de abril ficou em 0,3%, marcando o primeiro aumento em relação ao mês anterior desde setembro de 2022. Em março, a inflação mensal tinha mostrado queda de 1,4%.

Segundo o Destatis, os bens de capital tiveram alta de 6,8% em abril em relação ao mesmo mês do ano passado. Ante março, os preços subiram 0,6%. Em particular, as máquinas ficaram 8,6% mais caras na comparação com o mesmo mês do ano passado. Veículos e peças também aumentaram de preço em 5,6% na mesma comparação, assim como aço e produtos de metal leve (+5,3%).

Os preços dos bens de consumo não duráveis aumentaram 11,4% em abril na comparação anual. Os alimentos ficaram 13,6% mais caros – só o açúcar subiu 88,9% ante abril de 2022.

Já os preços dos bens de consumo duráveis aumentaram 8,8% em abril ante o mesmo mês do ano passado, impulsionados principalmente pela evolução dos preços de móveis (+10,2%) e eletrodomésticos (+9,5%).

Os preços da energia, por sua vez, foram apenas 2,8% mais altos em abril na comparação anual. Mas em relação a março de 2023, subiram 1,0%, no primeiro aumento mensal desde setembro de 2022. À semelhança dos meses anteriores, a maior influência no ritmo de variação da energia ante o mês homólogo foi o aumento do preço do gás natural na distribuição (+10,8%).

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Os bens intermediários ficaram 0,2% mais caros em abril de 2023 do que no ano anterior.