Inflação ainda alta justifica cautela com política monetária, diz diretora do Fed

Inflação ainda alta justifica paciência do Fed com política monetária, diz Collins

Reuters

Prédio do Federal Reserve em Washington (Foto: Joshua Roberts/Reuters)
Prédio do Federal Reserve em Washington (Foto: Joshua Roberts/Reuters)

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A presidente do Federal Reserve de Boston, Susan Collins, advertiu nesta terça-feira (18) que não se deve deixar levar por dados recentes de inflação que sugerem que as pressões dos preços podem estar novamente recuando para a meta do banco central dos Estados Unidos.

“Ainda é muito cedo para determinar se a inflação está em um caminho duradouro de volta à meta de 2%”, disse Collins em um discurso. “Não devemos reagir de forma exagerada a um ou dois meses de notícias promissoras, assim como não foi apropriado tirar muitos sinais dos dados decepcionantes no início deste ano”, disse ela.

Collins, que atualmente não tem direito a voto no Comitê Federal de Mercado Aberto do banco central, também disse que agora não é o momento para o Federal Reserve (Fed) reduzir os juros, já que o banco central precisa ver mais evidências de que as pressões dos preços estão diminuindo antes de tomar tal atitude.
Dito isso, Collins acredita que a economia provavelmente está no caminho certo.

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“Continuo sendo uma otimista realista — otimista de que podemos restaurar a estabilidade dos preços em um período razoável de tempo em meio a um mercado de trabalho que permanece saudável, embora realista quanto aos riscos e incertezas dessa perspectiva”, disse ela.

Na reunião de política monetária da semana passada, autoridades do Fed mantiveram a taxa de juros de referência na faixa de 5,25% a 5,50% e reduziram as projeções de cortes esperados neste ano para um, em comparação com os três previstos em março.

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Collins disse que, de modo geral, o Fed fez um “progresso significativo” na redução da inflação. Ela acrescentou que os números recentes sobre a inflação foram “encorajadores” e observou que “dados sugerem uma economia com demanda e oferta mais equilibradas, conforme necessário para restaurar a estabilidade dos preços”, mas alertou que “esse processo pode levar mais tempo do que se pensava anteriormente”.