Índice Sentix de sentimento econômico na zona do euro volta a melhorar em janeiro

Instituto alemã comenta em nota que os valores ainda encontram num nível muito fraco; sentimento melhora na Ásia, EUA e América Latina

Roberto de Lira

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O índice de sentimento econômico global Sentix da zona do euro voltou a mostrar melhora, saindo de -16,8 pontos em dezembro de 2023 para -15,8 pontos em janeiro de 2024, atingindo assim o melhor nível desde maio, informou nesta segunda-feira (8) o instituto alemão Sentix.

Tanto a situação atual (-22,5 pontos) como as expectativas futuras (-8,8 pontos) melhoraram 1 ponto cada. Mas o instituto comenta em nota que é demasiado cedo para se pensar em uma inversão de tendência porque os valores ainda encontram num nível muito fraco.

Uma das razões para que os indicadores permaneçam numa posição pessimista é a situação percebida na Alemanha. Contrariamente aos dados da zona do euro, a pontuação global no país caiu 0,6 ponto, para -26,1 em janeiro.

Internacionalmente, há melhorias notáveis na região da Ásia, excluindo o Japão. “Os investidores esperam evidentemente que a China apresente novamente um desempenho mais dinâmico em 2024”, comentou o Sentix.

O instituto citou que o índice global da América Latina melhorou, saindo de -10,2 melhor -6,5 entre dezembro e janeiro. Para o Sentix, aparentemente, os primeiros anúncios e atos oficiais do novo presidente da Argentina, Javier Milei, estão aumentando a esperança de que possa realmente haver uma reviravolta na situação econômica do país, com impacto positivo em toda a região.

Para os Estados Unidos, o índice avançou de +5,6 pontos para +6,2 pontos entre os dois meses, no melhor momento desde março de 2023, com o subíndice de expectativas tendo melhorado 2,8 pontos, embora a avaliação da situação atual tenha caído 1,8 ponto.

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“A economia dos EUA está enviando sinais mistos, mas ainda estáveis, em geral. Contudo, os investidores nos EUA também depositam as suas esperanças num alívio da política monetária restritiva. Como não só a economia, mas sobretudo o mercado de trabalho, é extremamente resiliente, as expectativas nos EUA podem ter se adiantado um pouco”, comentou o instituto.