Índice da construção civil sobe 0,27% em abril e acumula 8,05% em 12 meses, diz IBGE

Custo nacional da construção foi de R$ 1.693,67 por metro quadrado em abril, puxado pela alta de 0,42% em materiais

Roberto de Lira

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O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) variou 0,27% em abril, subindo assim 0,07 ponto percentual (p.p.) na comparação com o mês anterior (0,20%). No acumulado dos últimos 12 meses, a taxa foi de 8,05%, abaixo dos 9,06% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril do ano passado, o índice foi de 1,21%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (12) pelo IBGE.

O custo nacional da construção foi de R$ 1.693,67 por metro quadrado em abril, sendo R$ 1.006,82 relativos aos materiais e R$ 686,85 referentes à mão de obra. No mês anterior, o custo havia sido de R$ 1.689,13.

A parcela dos materiais variou 0,42%, um aumento de 0,35 p.p. em relação a março (0,07%). Segundo o IBGE, com essa variação, ocorre um aumento significativo frente à tendência de estabilidade que vinha sendo observada nos índices desde outubro do ano passado. Na comparação com abril de 2022, houve queda de 1,44 p.p.

“Os materiais não estão registrando altas tão grandes quanto as de 2020 e 2021 e, com isso, os indicadores acumulados estão ficando em patamares mais próximos a anos pré-pandemia”, explica em nota Augusto Oliveira, o gerente da pesquisa. No ano, a parcela de materiais acumula alta de 0,56% e em 12 meses, de 6,60%.

“Alguns itens da parcela de materiais vêm apresentando reajustes menores e outros até tiveram deflação em alguns estados, como é o caso do aço”, destaca Oliveira.

A mão de obra (0,05%) recuou 0,35 p.p. em relação ao mês anterior (0,40%). Frente a abril de 2022 (0,24%), houve queda de 0,19 p.p. Com o resultado de abril, a mão de obra acumula alta de 1,30% no ano e de 10,21% em 12 meses.

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Nordeste lidera altas

Entre as grandes regiões, o Nordeste registrou a maior variação em abril (0,52%). A região teve alta na parcela dos materiais em sete dos seus nove estados. Além disso, houve a influência do aumento nas categorias profissionais em Sergipe, estado que registrou a maior alta do mês (2,33%).

Depois do Nordeste, a maior variação veio do Sul (0,47%), seguido pelo Sudeste (0,12%).  O Norte (0,07%) e o Centro-Oeste (0,03%) também ficaram no campo positivo.