Indicador de sentimento econômico na zona do euro cai 1,1 ponto em junho, diz Comissão Europeia

Queda do ESI em junho foi motivada pela menor confiança na indústria, na construção, nos serviços e, em menor escala, no varejo

Roberto de Lira

(Getty Images)
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O indicador de sentimento econômico (ESI, na sigla em inglês) da zona do euro caiu 1,1 ponto em junho, para 95,3 pontos, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira (29) pela Comissão Europeia. O indicador da União Europeia também recuou 1,1 ponto, para 94,0 pontos no mês.

O indicador de expectativas de emprego (EEI), por sua vez, subiu marginalmente (+0,4 ponto para 104,3 na UE e +0,4 pontos para 105,0 na área do euro).

Segundo a Comissão Europeia, a queda do ESI em junho foi motivada pela menor confiança na indústria, na construção, nos serviços e, em menor escala, no comércio varejista.

Por outro lado, a confiança do consumidor continuou sua recuperação desde a mínima de setembro do ano passado.

Entre as maiores economias da UE, o ESI se deteriorou na Alemanha (-1,9 ponto), Itália (-1,1), Holanda (-1,0) e Espanha (-0,9), mas manteve-se praticamente inalterado na Polônia (-0,1) e melhorou em França (+0,8).

A confiança da indústria enfraqueceu pelo quinto mês consecutivo (-2,1 pontos), à medida que as expectativas de produção dos gerentes e suas avaliações do nível atual das carteiras de pedidos gerais se deterioraram ainda mais e os estoques de produtos acabados foram cada vez mais avaliados como muito grandes ou acima do normal.

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A confiança nos serviços também voltou a cair (-1,1), refletindo visões menos otimistas sobre a demanda passada e a esperada. As avaliações dos gerentes sobre a situação anterior dos negócios permaneceram praticamente inalteradas.

Já a confiança do consumidor voltou a melhorar em 1,1 ponto em relação a maio. As expectativas dos consumidores sobre a situação econômica geral estavam mais otimistas. Os consumidores também se mostraram mais positivos em relação à situação financeira de suas famílias, tanto nos últimos doze meses quanto principalmente nos próximos doze meses.

A confiança do comércio varejista, por sua vez, caiu um pouco mais (-0,6), pois as avaliações dos gerentes sobre a situação anterior dos negócios pioraram novamente e os estoques foram avaliados como acima do normal. Por outro lado, as expectativas de negócios dos varejistas aumentaram.

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A confiança na construção caiu (-1,9), refletindo a deterioração dos componentes nível de carteira de encomendas e expectativas de emprego.

Houve ligeira melhoria do indicador de expectativas de emprego (+0,4), impulsionado por planos de emprego mais otimistas por parte dos varejistas e dos gestores de serviços, apenas parcialmente compensados por expectativas mais negativas na indústria e construção. As expectativas de desemprego dos consumidores, que não estão incluídas no indicador principal, também melhoraram.