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O indicador de Movimento do Comércio da Boa Vista, que monitora o desempenho das vendas no varejo por todo o País, avançou 0,9% em novembro, a segunda alta seguida, em números dessazonalizados. No ano, a alta do indicador é de 1,3%, enquanto no acumulado em 12 meses o Movimento do Comércio registra avanço de 0,6%. Na comparação interanual, o crescimento é de 3,6%.
Na média do trimestre móvel encerrado em novembro, o índice aponta para uma leve queda, de 0,1% em relação ao trimestre encerrado em agosto. Em contrapartida, na série de dados originais, a variação contra o trimestre móvel encerrado em novembro do ano passado aponta um crescimento de 3,8%.
“O varejo está mais aquecido no 4° trimestre e esse período tem sido o motor do setor, deixando para trás uma retração na análise de longo prazo, que começou em maio e se estendeu até setembro”, afirma o economista da Boa Vista, Flávio Calife.
Para ele, a base de comparação do indicador “não é forte”, o que ajuda a explicar essa melhora, mas ainda assim existem outros fatores importantes, como o mercado de trabalho aquecido e a melhora na renda média real.
“Ainda temos o pagamento da segunda parcela do 13º salário que, junto aos demais fatores, deve amenizar o impacto de uma inflação ainda elevada, além do impacto do aumento dos juros. O ano de 2022 deve se encerrar de forma positiva, mas o varejo também deve se preparar para os desafios que virão em 2023”, salienta o economista.
Na avaliação da Boa Vista, o indicador de novembro antecipa uma melhora no desempenho do varejo, ainda que, na margem, ela seja tímida. A expectativa é que esse ritmo seja mantido em dezembro, com o 4º trimestre registrando variação positiva em relação aos demais.