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O Indicador de Incerteza da Economia Brasileira (IIE-Br) cresceu 4,1 pontos na passagem de setembro para outubro, para 110,9 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O avanço foi influenciado por “instabilidades externas”, alçando o indicador à faixa desfavorável (acima dos 110 pontos) pela primeira vez desde maio, quando estava em 111,8 pontos.
De acordo com Anna Carolina Gouveia, economista do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV a alta da incerteza em outubro foi influenciada principalmente por fatores externos, como o conflito no Oriente Médio e, em menor grau, pelas eleições na vizinha Argentina. Ambos os componentes do indicador subiram, com a maior influência dada pelo componente de Mídia, que mede o nível de incerteza através das notícias econômicas.
“O componente de expectativas subiu motivado pelo aumento modesto das dispersões para as previsões da inflação 12 meses à frente, influenciado pelo impacto do conflito, mesmo que temporário, no preço do barril de petróleo e a possibilidade de um menor espaço para o corte das taxas de juros no Brasil. O cenário internacional desafiador vem gerando volatilidade do indicador desde agosto, interrompendo a sequência de quedas que vinham ocorrendo desde abril”, avaliou Anna Carolina em nota.
O IIE-Br é formado por dois componentes: o IIE-Br Mídia, que faz o mapeamento nos principais jornais da frequência de notícias com menção à incerteza; e o IIE-Br Expectativa, que é construído a partir das dispersões das previsões para a taxa de câmbio e para o IPCA.
O componente de Mídia subiu 4,1 pontos, para 111,8 pontos. O componente contribuiu com 3,6 pontos para o IIE-Br do mês.
O componente de Expectativas aumentou 2,4 pontos, para 103,1 pontos. O componente contribuiu com 0,5 ponto para o índice de outubro.