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O Indicador de Incerteza da Economia Brasileira (IIE-Br) recuou 4,1 pontos na passagem de março para abril, para 112,6 pontos, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV). A queda devolveu 82% da alta observada no mês anterior.
Anna Carolina Gouveia, economista do FGV/Ibre disse em nota que o IIE-Br praticamente retornou em abril ao nível de fevereiro, após uma alta em março motivada por fatores como a incerteza fiscal interna e a ameaça de crise bancária nos EUA e Europa.
“A queda foi motivada pela atenuação dos fatores de risco relacionados aos dois temas e por uma redução dos ruídos políticos entre Governo e Banco Central com relação à taxa de juros”, afirmou.
O componente de Expectativas, que mede a dispersão nas previsões de especialistas para diversas variáveis macroeconômicas, influenciou em sentido contrário o IIE-Br, refletindo uma maior heterogeneidade das previsões para o câmbio e inflação.
“Com a manutenção de um cenário mais equilibrado do debate econômico e político é possível que o indicador venha a convergir para patamares mais confortáveis no futuro”, avaliou Anna Carolina Gouveia.
O IIE-Br é formado por dois componentes: o IIE-Br Mídia, que faz o mapeamento nos principais jornais da frequência de notícias com menção à incerteza; e o IIE-Br Expectativa, que é construído a partir das dispersões das previsões para a taxa de câmbio e para o IPCA.
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O componente de Mídia caiu 5,0 pontos, para 112,1 pontos, contribuindo com -4,4 pontos para o IIE-Br do mês. O componente de Expectativas subiu 1,1 ponto, para 109,3 pontos, contribuindo com 0,3 ponto para o índice de abril.
A coleta do Indicador de Incerteza da Economia brasileira é realizada entre o dia 26 do mês anterior ao dia 25 do mês de referência.