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O Indicador de Incerteza da Economia Brasileira (IIE-Br) recuou 0,8 ponto na passagem de abril para maio, para 111,8 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV).
Anna Carolina Gouveia, economista do do FGV/Ibre afirmou em nota que, à exceção de março passado, quando o indicador subiu muito, alcançando 116,7 pontos-, desde setembro do ano passado o IIE-Br vem oscilando na estreita faixa entre 111,7 e 113,3 pontos, um patamar desconfortável de incerteza econômica.
“A discreta queda é explicada exclusivamente pelo componente de Mídia, já que o componente de Expectativas caminhou em sentido oposto”, analisou.
Ainda segundo ela, o avanço da proposta de um novo arcabouço fiscal, a relativa resiliência da atividade econômica e os sinais de desinflação têm influenciado positivamente o cenário do País. E esses mesmos sinais de alívio nos preços têm implicado em revisões das previsões de inflação por muitos dos especialistas consultados pelo Banco Central, aumentando a dispersão das projeções no horizonte de 12 meses.
“A convergência do indicador para níveis mais confortáveis no futuro dependerá da continuidade na construção de um cenário macroeconômico mais favorável”, disse a economista na nota.
O IIE-Br é formado por dois componentes: o IIE-Br Mídia, que faz o mapeamento nos principais jornais da frequência de notícias com menção à incerteza; e o IIE-Br Expectativa, que é construído a partir das dispersões das previsões para a taxa de câmbio e para o IPCA.
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O componente de Mídia caiu 2,0 pontos, para 110,1 pontos, menor nível desde novembro de 2019. O componente contribuiu com -1,7 ponto para o IIE-Br do mês. O componente de Expectativas subiu 4,7 pontos, terceira alta seguida, para 114,0 pontos. O componente contribuiu com 0,9 ponto para o índice de maio.
A coleta do Indicador de Incerteza da Economia brasileira é realizada entre o dia 26 do mês anterior ao dia 25 do mês de referência.