Incerteza econômica fica estável em setembro, após 3 meses de queda, diz FGV

Índice estava em queda até meados do mês, mas voltou a subir na última quinzena, pelas discussões de altas de juros e piora do conflito no Oriente Médio

Roberto de Lira

Consumidores fazem compras no centro de São Paulo (Foto: Amanda Perobelli/Reuters)
Consumidores fazem compras no centro de São Paulo (Foto: Amanda Perobelli/Reuters)

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O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) ficou estável em setembro, em 107,8 pontos, após três meses de queda, informou a da Fundação Getulio Vargas nesta segunda-feira (30). Assim, o índice se manteve abaixo dos 110 pontos, região avaliada como de incerteza moderada. Na métrica de médias móveis trimestrais o indicador, recuou 1,0 ponto, para 108,6 pontos.

Segundo Anna Carolina Gouveia, economista da FGV/Ibre, a análise dos dados diários revelou uma queda no indicador até meados do mês, possivelmente impulsionada pelos resultados positivos da atividade econômica. Na segunda quinzena, no entanto, voltou a subir, pressionado pelas discussões sobre a política monetária dos próximos meses e pelo agravamento do conflito no Oriente Médio.

“Os debates em torno da trajetória da taxa de juros e da inflação, que já vinham afetando o componente de Expectativas, continuaram alimentando ruídos de incerteza nos últimos dias, neutralizando a queda registrada na primeira metade do mês pelo IIE-Br”, afirmou em nota.

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O componente de Mídia do IIE-Br recuou 0,1 ponto em setembro, para 106,0 pontos, o menor nível desde março deste ano (105,6 pts.), contribuindo negativamente com 0,1 ponto para a queda do índice agregado.

Já o componente de Expectativas, que mede a dispersão nas previsões de especialistas para variáveis macroeconômicas, subiu pela quinta vez seguida, embora em menor ritmo, de 0,1 ponto.

O indicador registra, em setembro, 111,5 pontos, maior nível desde junho do ano passado (116,8 pontos); sua alta contribui positivamente com 0,1 ponto para o resultado do IIE-Br no mês.