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O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) apresentou deflação de 0,52% em fevereiro, informou nesta quarta-feira (28) a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Assim, o indicador confirmou a tendência de perda de força, após registrar alta de 0,74% em dezembro e de apenas 0,07% em janeiro. A deflação no acumulado no ano chega a -0,45% e, em 12 meses, está em -3,76%.
A deflação em fevereiro foi mais intensa que a esperada pelo consenso LSEG de analistas, que previa queda de -0,50%.
Em fevereiro de 2023, o índice tinha registrado taxa de -0,06% no mês e acumulava aumento de 1,86% em 12 meses.
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Mais uma vez, o que puxou o IGP-M para baixo foram a preços ao produtor, que caíram 0,90%, enquanto os preços ao consumidor voltaram a subir mês, embora tenham desacelerado para +0,53%.
Para André Braz, coordenador dos índices de preços da FGV, apesar d e a ocorrência do El Niño ter prejudicado algumas safras brasileiras, não se observa uma redução generalizada na produção agrícola nacional.
“Contrabalanceando esse cenário, a ampliação da oferta global de grãos promete atenuar as pressões inflacionárias sobre os preços dos alimentos no Brasil, proporcionando um alívio moderado à inflação”, comentou em nota.
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Segundo ele, mercados da soja e do milho revelam uma queda acentuada nos preços, evidenciando as dinâmicas de oferta e demanda globais, com a soja recuando para uma baixa de 14,18% e o milho para 7,11%.
IPA
Em fevereiro, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 0,90%, uma retração bem mais intensa que à observada em janeiro, quando registrou -0,09%.
O grupo de Bens Finais registrou um aumento de 0,35% em fevereiro, porém inferior a taxa de 1,06% registrada no mês anterior. Esse decréscimo foi impulsionado principalmente pelo subgrupo de alimentos processados, cuja taxa evoluiu de 1,19% para -0,65% no mesmo intervalo.
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A taxa do grupo Bens Intermediários caiu 0,42% em fevereiro, menos negativa do que a registrada no mês anterior, de -1,62%. O principal fator que influenciou esse movimento foi o subgrupo de combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de -6,73% para -1,52%.
Já estágio das Matérias-Primas Brutas apresentou uma variação de -2,67% em fevereiro, um índice significativamente menor do que a alta de 0,49% registrada em janeiro.
A desaceleração deste grupo foi principalmente influenciada por itens chave, como a soja em grão, que intensificou a queda (de -5,98% para -14,18%), o milho em grão (cuja taxa diminuiu de 6,22% para -7,11%), e o minério de ferro, que inverteu sua trajetória de um aumento de 2,87% para uma queda de 1,22%.
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IPC
Em fevereiro, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou uma variação de 0,53%, recuando em relação à taxa de 0,59% observada em janeiro. Entre as oito classes de despesa que compõem o índice, três delas exibiram desaceleração em suas taxas de variação.
O maior impacto veio do grupo Educação, Leitura e Recreação, cuja taxa de variação decresceu de 2,11% para 0,11%. Dentro desta classe de despesa, a FGV destacou o recuo significativo no preço dos cursos formais, que passou de 4,78% na medição anterior para 2,04% na atual.
Também apresentaram recuo em suas taxas de variação os grupos Alimentação (1,62% para 1,09%) e Vestuário (0,16% para -0,17%). Por outro lado, os grupos Transportes (-0,16% para 0,45%), Despesas Diversas (0,10% para 1,52%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,19% para 0,51%), Comunicação (-0,07% para 0,46%) e Habitação (0,16% para 0,19%) tiveram crescimento em suas taxas de variação.
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INCC
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou uma variação de 0,20%, um valor ligeiramente inferior à taxa de 0,23% observada em janeiro.
Nos três grupos que integram o indicador, as variações entre janeiro para fevereiro foram as seguintes: o grupo Materiais e Equipamentos apresentou uma elevação, passando de 0,09% para 0,20%; o grupo Serviços teve um aumento de 0,20% para 0,49%; e o grupo Mão de Obra registrou recuo, variando de 0,42% para 0,16%.
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