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O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) arrefeceu a 1,74% em março, após alta de 1,83% em fevereiro, informou nesta quarta-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado ficou acima do teto da pesquisa Projeções Broadcast, de 1,70%. A mediana era de 1,32% e o piso, de 0,52%.
A inflação acumulada em 12 meses pelo IGP-M desacelerou de 16,12% para 14,77%, acima da mediana do levantamento, de 14,25% (projeções de 13,39% a 15,33%). No ano de 2022, o indicador acumula alta de 5,49%.
A desaceleração do IGP-M de março foi puxada pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M), que subiu 2,07%, ante 2,36% em fevereiro. O índice de preços no atacado acumula variação de 16,55% em 12 meses.
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O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M), por outro lado, acelerou de 0,33% para 0,86% na margem, com inflação acumulada de 9,19% em 12 meses. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) também avançou na margem, de 0,48% para 0,73%, conforme já divulgado pela FGV. O indicador acumula alta de 11,63% em 12 meses.
Sete das oito classes de despesa componentes do IPC-M registraram avanço em março. A principal contribuição foi de Transportes (0,26% para 1,15%), com destaque para gasolina (-0,89% para 1,36%).
Também apresentaram aceleração em suas taxas de variação os grupos Alimentação (1,08% para 1,73%), Habitação (0,13% para 0,75%), Educação, Leitura e Recreação (-0,10% para 0,44%), Vestuário (0,20% para 0,91%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,05% para 0,17%) e Despesas Diversas (0,16% para 0,26%).
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Nessas classes, os itens com maior influência foram hortaliças e legumes (7,76% para 13,77%), tarifa de eletricidade residencial (-1,10% para 0,67%), passagem aérea (-7,43% para 1,73%), roupas (0,32% para 0,92%), medicamentos em geral (0,07% para 0,26%) e serviços bancários (0,10% para 0,20%), respectivamente.
Na direção oposta, o grupo Comunicação registrou alívio da inflação, de 0,38% para -0,12%. Nessa classe, o item com maior peso foi combo de telefonia, internet e TV por assinatura, cuja taxa passou de 0,59% para -0,10%.
Influências individuais
Segundo a FGV, os itens que mais contribuíram para o avanço do IPC-M em março foram gasolina (-0,89% para 1,36%), licenciamento – IPVA (3,83% para 3,91%) e tomate (-2,53% para 13,89%). Aluguel residencial (1,10% para 1,44%) e cenoura (57,42% para 37,83%) completam a lista.
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Por outro lado, as principais influências individuais de baixa foram etanol (-3,78% para -3,58%), plano e seguro de saúde (-0,49% para -0,49%) e desodorante (0,69% para -2,16%), seguidos por banana-prata (2,33% para -3,21%) e frango em pedaços (-2,54% para -0,62%).
IPAs
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M) industrial desacelerou a 1,59% no IGP-M de março, de 1,63% em fevereiro, informou há pouco a Fundação Getulio Vargas (FGV). O IPA-M agropecuário também desacelerou no período, de 4,18% para 3,22%.
Com o resultado, o IPA-M industrial acumula alta de 5,84% no ano e de 14,72% nos 12 meses encerrados em março. Os preços ao produtor agropecuário acumulam alta de 9,44% em 2022 e de 21,16% em 12 meses.
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Nas aberturas por estágios de processamento, a FGV apurou aceleração dos Bens Finais (1,21% para 2,75%), puxada pelo aumento dos preços de alimentos processados (-0,08% para 2,49%). O grupo de Bens Intermediários também avançou, de 1,50% para 2,06%, devido à alta de combustíveis e lubrificantes para a produção (5,40% para 8,02%).
As matérias-primas brutas, em contrapartida, arrefeceram de 4,16% em fevereiro para 1,53% em março, puxadas pelo alívio do minério de ferro (5,49% para -1,21%), milho em grão (7,92% para 2,48%) e café em grão (2,26% para -6,65%). Ajudaram a conter a desaceleração do grupo os suínos (-11,06% para 10,05%), leite in natura (-0,65% para 3,30%) e arroz em casca (2,10% para 10,60%).
Os bens finais acumulam alta de 4,77% em 2022 e de 17,49% nos 12 meses encerrados em março. Os bens intermediários sobem 4,68% no ano e 26,91% em 12 meses. As matérias-primas brutas avançam 10,99% no ano e 7,22% no acumulado de 12 meses.
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Influências
As principais pressões para cima sobre o IPA-M em março partiram da soja em grão (8,91% para 7,28%), óleo diesel (5,53% para 8,89%), ovos (8,27% para 16,98%), gasolina automotiva (3,49% para 6,69%) e carne de aves (-5,03% para 11,49%).
Em contrapartida, pressionaram o índice para baixo o café em grão (2,26% para -6,65%), açúcar VHP (-2,58% para -3,61%), cana de açúcar (0,93% para -0,76%) e açúcar cristal (-1,14% para -3,14%), além do minério de ferro.
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