IGP-DI acelera para 0,87% em maio, acima do esperado, diz FGV

Com este resultado, o índice acumula alta de 0,61% no ano e de 0,88% em 12 meses

Roberto de Lira

Supermercado no Rio de Janeiro (Foto: Sergio Moraes/Reuters)
Supermercado no Rio de Janeiro (Foto: Sergio Moraes/Reuters)

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O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) subiu 0,87% em maio, acelerando em relação à alta de 0,72% observada em abril, informou nesta sexta-feira (7) a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Com este resultado, o índice acumula alta de 0,61% no ano e de 0,88% em 12 meses. Em maio de 2023, o índice havia variado -2,33% e acumulava queda de   -5,49% em 12 meses.

A inflação em abril ficou acima do esperado pelo consenso LSEG de analistas, que previa alta de 0,69% ante abril.

Segundo André Braz, coordenador dos índices de preços da FGV, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), de maior relevância no indicador geral, apontou uma notável aceleração nos preços dos alimentos processados, passando de 0,62% para 1,92%.

Destacaram-se os aumentos nos preços de componentes essenciais da cesta básica, como arroz (de -2,59% para 3,40%), café (de 0,01% para 1,36%), carne bovina (de 0,80% para 2,40%), carne de aves (de 0,40% para 2,07%) e leite (de 0,55% para 7,37%).

“Além disso, o IPA também apresentou elevação nos preços de Materiais e Equipamentos para a Manufatura, subindo de 0,75% para 1,74%. Nesse segmento, merecem destaque os aumentos nos preços do alumínio (de 0,00% para 14,29%), farelo de soja (de 0,98% para 13,08%) e celulose (de 2,72% para 5,69%)”, afirmou em nota.

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IPA

A alta de 0,97% do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) em maio representou uma aceleração ante os 0,84% de abril. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou de -0,04% para +0,73% em maio em um mês.

Como citado, a principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos in natura, cuja variação passou de -5,28% para 0,94%. O índice de Bens Finais (ex), que exclui os alimentos in natura e os combustíveis para o consumo, subiu 0,78% em maio, contra alta de 0,52% em abril.

A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 0,62% em abril para 0,88% em maio. O principal responsável pelo avanço da taxa do grupo foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de 0,75% para 1,74%.

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Já o estágio das Matérias-Primas Brutas subiu 1,33% em maio, porém com menor intensidade que a alta de 2,06% em abril. Contribuíram para este movimento os itens: café em grão (de 16,05% para -0,21%), cacau (46,58% para -18,95%) e mandioca/aipim (6,20% para -4,07%).

Em sentido oposto, aparecem itens como: minério de ferro (de 3,68% para 4,75%), arroz em casca (-0,19% para 5,82%) e milho em grão (-0,95% para 0,20%).

IPC

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,53% em maio, ante uma variação de 0,42% em abril. Duas das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação: Educação, Leitura e Recreação (de -1,24% para 0,87%) e Despesas Diversas (de 0,13% para 0,21%).

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As principais contribuições para este movimento partiram dos seguintes itens: passagem aérea (-8,07% para 5,52%) e cigarros (0,06% para 1,46%).

Em contrapartida, os grupos Alimentação (de 0,90% para 0,72%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,87% para 0,67%), Vestuário (0,02% para -0,54%), Transportes (0,52% para 0,49%), Comunicação (0,57% para 0,46%) e Habitação (0,42% para 0,41%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação.

Nestas classes de despesa, as maiores influências partiram dos itens: frutas (de 3,49% para -2,62%), medicamentos em geral (3,87% para 0,10%), roupas (0,11% para -0,73%), pedágio (0,02% para -9,26%), tarifa de telefone móvel (2,15% para 0,52%) e tarifa de eletricidade residencial (0,74% para 0,14%).

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Núcleo e difusão

O núcleo do IPC registrou taxa de 0,31% em maio, 0,05 ponto percentual acima do resultado apurado no mês anterior, de 0,26%.

Dos 85 itens componentes do IPC, 44 foram excluídos do cálculo do núcleo. Destes, 30 apresentaram taxas abaixo de 0,08%, linha de corte inferior, e 14 registraram variações acima de 0,58%, linha de corte superior.

O índice de difusão, que mede a proporção de itens com taxa de variação positiva, ficou em 61,29%, 4,84 pontos percentuais acima do registrado em abril, quando o índice foi de 56,45%.

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INCC

Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,86% em maio, ante 0,52% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de abril para maio: Materiais e Equipamentos (de 0,32% para 0,37%), Serviços (0,30% para 0,54%) e Mão de Obra (0,81% para 1,55%).