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O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 0,51% em outubro, acelerando após ter subido 0,45% em setembro, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (8) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O índice acumula queda de -4,40% no ano e de -4,27% em 12 meses. Em outubro de 2022, o indicador tinha mostrado queda de 0,62% em outubro, mas acumulava alta de 5,59% em 12 meses.
Segundo André Braz, coordenador dos índices de preços do FGV/Ibre, dois dos três índices componentes do IGP-DI apresentaram aceleração. A taxa do índice ao produtor passou de 0,51% para 0,57%, enquanto o índice ao consumidor mostrou a maior aceleração, elevando a taxa de 0,27% para 0,45%.
No IPC, o setor de serviços predominou, com destaques para os aumentos nas passagens aéreas (de 8,46% para 24,87%) e no condomínio residencial (de 0,22% para 0,79%).
IPA
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 0,57% em outubro, ante 0,51% em setembro. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou de -0,21% em setembro para 0,30% em outubro.
A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos in natura, cuja variação passou de queda de 5,83% para alta 0,07%. O índice de Bens Finais, que exclui alimentos in natura e combustíveis para o consumo, subiu 0,46% em outubro, contra queda de 0,04% em setembro.
A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 1,48% em setembro para 0,58% em outubro. O principal responsável por este recuo foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de 8,75% para 1,47%.
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O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, subiu 0,41% em outubro, ante 0,18%, no mês anterior.
Já o estágio das Matérias-Primas Brutas subiu 0,85% em outubro, após variar 0,14% em setembro. Contribuíram para este movimento os itens: bovinos (-6,22% para 8,33%), cana-de-açúcar (-0,14% para 2,30%) e aves (-3,82% para 1,17%).
Em sentido oposto, foram destaques os itens: minério de ferro (7,72% para 2,81%), soja em grão (0,78% para -2,34%) e arroz em casca (7,71% para 2,60%).
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IPC
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,45% em outubro, acelerando ante os 0,27% em setembro. Segundo a FGV, cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação: Educação, Leitura e Recreação (de 1,34% para 4,07%), Alimentação (-0,64% para 0,05%), Saúde e Cuidados Pessoais (-0,10% para 0,33%), Vestuário (-0,09% para 0,19%) e Despesas Diversas (-0,02% para 0,08%).
As principais contribuições para este movimento partiram dos itens: passagem aérea (8,46% para 24,87%), carnes bovinas (-2,92% para 0,62%), artigos de higiene e cuidado pessoal (-1,31% para 0,50%), acessórios do vestuário (-0,08% para 0,27%) e serviço religioso e funerário (-0,27% para 0,25%).
Em contrapartida, os grupos Transportes (1,06% para -0,03%), Habitação (0,39% para 0,00%) e Comunicação (0,15% para -0,03%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação.
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Nestas classes de despesa, as maiores influências partiram dos seguintes itens: gasolina (2,62% para -0,61%), aluguel residencial (1,53% para -0,83%) e combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,42% para -0,06%).
Núcleo do IPC e Índice de Difusão
O núcleo do IPC registrou taxa de 0,30% em outubro, ante 0,26% no mês anterior. Dos 85 itens componentes do IPC, 34 foram excluídos do cálculo do núcleo. Destes, 22 apresentaram taxas abaixo de 0,02% e 12 registraram variações acima de 0,62%, consideradas linhas de corte.
O índice de difusão, que mede a proporção de itens com taxa de variação positiva, ficou em 52,58%, 7,42 pontos percentuais acima do registrado em setembro, quando o índice foi de 45,16%.
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INCC
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,20% em outubro, ante 0,34% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de setembro para outubro: Materiais e Equipamentos (0,18% para 0,03%), Serviços (0,52% para 0,61%) e Mão de Obra (0,53% para 0,36%).