IGP-10 desacelera para 0,83% em junho, mas alimentos pressionam

Índice de Preços ao Produtor Amplo suavizou alta para 0,88% no mês, mas Índice de Preços ao Consumidor acelerou para 0,54% em junho

Roberto de Lira

Supermercado no Rio de Janeiro (Foto: Sergio Moraes/Reuters)
Supermercado no Rio de Janeiro (Foto: Sergio Moraes/Reuters)

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O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10)  desacelerou para 0,83% em junho, após uma alta de 1,08% em abril, informou nesta segunda-feira (17) a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Com esse resultado, o índice acumula alta de 1,18% no ano e de 1,79% em 12 meses.

Em junho de 2023, o índice caíra 2,20% no mês e acumulava queda de 6,31% em 12 meses.


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Em junho, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) observou uma alta de 0,88%, suavizando o movimento quando comparado à taxa registrada no mês anterior, de 1,34%.

Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,54% em junho, mas forte que a variação de 0,39% do mês anterior.

André Braz, economista do FGV/Ibre, destacou em nota que o índice ao produtor antecipa os impactos que chegarão ao consumidor. E três alimentos importantes se destacaram entre as maiores influências do IPA: batata-inglesa, carne bovina e leite in natura.

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“Observando os produtos e serviços que mais impulsionaram a inflação ao consumidor, destacaram-se alguns preços monitorados, como a taxa de água e esgoto e a gasolina. No entanto, não por coincidência, também apareceram leite e batata-inglesa, como indicado no índice ao produtor”, apontou.

IPA

Dentro do IPA, os preços dos Bens Finais subiram 1,09% em junho, invertendo o comportamento em relação ao mês anterior quando registrou queda de 0,18%. Esse movimento foi influenciado principalmente pelo subgrupo de alimentos in natura, que viu sua taxa variar de -5,98% para 3,30%.

No grupo de Bens Intermediários, a taxa variou de 0,91% em maio para 0,77% em junho. Esse comportamento foi impulsionado pela queda nos preços do subgrupo de combustíveis e lubrificantes para a produção, que passou de uma alta de 1,05% para uma queda de 1,15%.

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A taxa do grupo Matérias-Primas Brutas passou de 3,45% em maio para 0,80% em junho. As principais contribuições para o recuo desse grupo partiram dos seguintes itens: minério de ferro (11,70% para 0,05%), café em grão (15,28% para 1,24%) e mandioca/aipim (6,77% para -7,21%).

Em sentido oposto, os movimentos mais relevantes ocorreram nos seguintes itens: cana-de-açúcar (-2,59% para -0,07%), milho em grão (-0,87% para 1,43%) e arroz em casca (0,87% para 7,50%).

IPC

No IPC, quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação: Alimentação (0,53% para 0,97%), Educação, Leitura e Recreação (-0,51% para 0,22%), Habitação (0,26% para 0,52%) e Despesas Diversas (0,16% para 0,35%).

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As principais contribuições para este movimento de aceleração partiram dos itens: laticínios (0,67% para 2,73%), passagem aérea (-3,71% para 1,85%), taxa de água e esgoto residencial (0,07% para 2,35%) e cigarros (0,45% para 1,20%).

Em contrapartida, os grupos Transportes (0,64% para 0,37%), Comunicação (0,57% para 0,26%), Vestuário (-0,02% para -0,20%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,78% para 0,75%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação.

Nestas classes de despesa, as maiores influências partiram dos seguintes itens: gasolina (1,44% para 0,79%), tarifa de telefone móvel (1,90% para 0,28%), roupas (0,09% para -0,43%) e medicamentos em geral (2,66% para 0,06%).

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INCC

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou variação de 1,06%, mostrando um aumento em relação à taxa de 0,53% observada no mês anterior.

Na análise dos componentes do INCC, houve movimentações distintas entre os grupos. Materiais e Equipamentos apresentaram uma nova alta, passando de um crescimento de 0,24% em maio para 0,45% em junho.

Por outro lado, Serviços, que havia subido 0,52% em maio, apresentou um aumento de menor intensidade, de 0,39% em junho. Já a Mão de Obra obteve um aumento significativo, passando de 0,92% em maio para 1,96% em junho.

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