IGP-10 desacelera para 0,45% em julho, com menor pressão de alimentos

Com o resultado no mês, o indicador acumula alta de 1,63% no ano e de 3,38% em 12 meses; a queda nos preços dos alimentos in natura contribuiu para a desaceleração no mês

Roberto de Lira

Alimentos em supermercado (Foto: Divulgação/Pão de Açúcar)
Alimentos em supermercado (Foto: Divulgação/Pão de Açúcar)

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O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) teve variação de 0,45% em julho, desacelerando ante os 0,83% observados em junho, informou nesta quarta-feira (17) a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado no mês, o índice acumula alta de 1,63% no ano e de 3,38% em 12 meses.

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Em julho de 2023, o índice havia caído 1,10% no mês e acumulava retração de 7,89% em 12 meses.

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Para André Braz, economista do FGV/Ibre, apesar dos efeitos sazonais e da desvalorização mais acentuada do real em relação ao dólar, os componentes do IGP-10 mostraram desaceleração de junho para julho.

“No âmbito do produtor, a queda nos preços dos alimentos in natura contribuiu para essa desaceleração. No IPC, índice que mede a variação do custo de vida, esse efeito também foi registrado, resultando em deflação no grupo alimentação”, detalhou em nota.

IPA

Em julho, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) teve uma alta de 0,49%, bem inferior à taxa registrada no mês anterior, de 0,88%.

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Os preços dos Bens Finais variaram 0,07% em julho, arrefecendo o comportamento em relação ao mês anterior quando tiveram alta de 1,09%. Esse movimento foi influenciado principalmente pelo subgrupo de alimentos in natura, que viu sua taxa variar de +3,30% para uma deflação de -3,99%.

No grupo de Bens Intermediários, a taxa desacelerou de 0,77% em junho para 0,44% em julho. Esse comportamento foi impulsionado pelo recuo nos preços do subgrupo de materiais e componentes para a manufatura, que passou de 1,30% para 0,42%.

Já a taxa do grupo Matérias-Primas Brutas passou de 0,80% em junho para 0,96% em julho. As principais contribuições para o avanço desse grupo partiram dos seguintes itens: café em grão (de 1,24% para 9,42%), laranja (de -6,17% para 4,66%) e cacau (de -14,61% para 14,28%).

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Em sentido oposto, os movimentos mais relevantes ocorreram nos seguintes itens: soja em grão (4,81% para 1,96%), arroz em casca (7,50% para -1,17%) e minério de ferro (0,05% para -0,60%).

IPC

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) passou de 0,54% em junho para 0,24% em julho. Cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação: Alimentação (de 0,97% para -0,12%), Habitação (0,52% para 0,14%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,75% para 0,41%), Transportes (0,37% para 0,28%) e Comunicação (0,26% para 0,08%).

As principais contribuições para este movimento partiram dos itens: hortaliças e legumes (de 6,53% para -3,14%), aluguel residencial (1,18% para 0,02%), artigos de higiene e cuidado pessoal (1,86% para 0,75%), transporte por aplicativo (5,40% para -6,45%) e combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,58% para 0,01%).

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Em contrapartida, os grupos Educação, Leitura e Recreação (0,22% para 0,67%), Despesas Diversas (0,35% para 0,95%) e Vestuário (-0,20% para 0,18%) apresentaram avanço em suas taxas de variação.

Nestas classes de despesa, as maiores influências partiram dos itens: passagem aérea (1,85% para 3,53%), serviços bancários (0,38% para 1,79%) e roupas (-0,43% para 0,12%).

INCC

Em julho, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou variação de 0,54%, mostrando uma redução em relação à taxa de 1,06% observada no mês anterior.

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Analisando os componentes do INCC, Materiais e Equipamentos apresentaram alta menos significativa, passando de um crescimento de 0,45% em junho para 0,38% em julho. Por outro lado, Serviços, que havia subido 0,39% em junho, recuou de 0,08% em julho.

Já a Mão de Obra obteve uma desaceleração significativa, passando de 1,96% em junho para 0,83% em julho.