IGP-10 de setembro cai 0,90%, segunda deflação seguida, diz FGV

Indicador havia recuado 0,69% na medição de agosto ante julho; índice ao produtor recuou 1,18% e ao consumidor 0,14%

Roberto de Lira

Loja nos Estados Unidos: retorno gradual às compras, mas inflação preocupa (Scott Olson / Getty Images)
Loja nos Estados Unidos: retorno gradual às compras, mas inflação preocupa (Scott Olson / Getty Images)

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O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) caiu 0,90% em setembro ante agosto, informou a Fundação Getúlio Vargas. No mês anterior, o índice também havia registrado variação negativa (-0,69%). Com esse resultado, o índice acumula alta de 7,45% no ano e de 8,24% em 12 meses.

Segundo André Braz, coordenador dos índices de preços da FGV, os combustíveis continuam contribuindo para reduzir pressões inflacionárias, tanto no âmbito do produtor como do consumidor.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 1,18% em setembro. No mês anterior, o índice havia registrado taxa de -0,65%. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou -0,14% em setembro, ante uma queda de 1,56% no mês anterior.

“No IPA, a taxa de variação do diesel passou de 2,28% para -6,70%, sendo a principal influência negativa. No IPC, a taxa de variação da gasolina caiu menos (de -16,88% para -9,66%), mas manteve-se como maior influência negativa”, afirmou.

Altas

No IPC, 5 das 8 classes de despesas que integram o índice registraram alta em suas taxas de variação: Educação, Leitura e Recreação (de -5,75% em agosto para 4,00% em setembro), Transportes (de -5,71% para -2,97%, na mesma comparação), Habitação (-0,52% para 0,08%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,57% para 0,83%) e Vestuário (0,44% para 0,68%).

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As principais contribuições para este movimento vieram de como passagem aérea, gasolina, tarifa de eletricidade residencial, artigos de higiene e cuidado pessoal e roupas.

Quedas

Em contrapartida, os grupos que mostram quedas na variação de preços foram: Alimentação (de 0,99% em agosto para -0,24% em setembro), Comunicação (-0,31% para -0,88%) e Despesas Diversas (0,32% para 0,15%).

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Nessas classes de despesa, as maiores influências partiram de laticínios, combo de telefonia, internet e TV por assinatura e cigarros.

INCC

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) teve deflação de -0,02% em setembro. No mês anterior a taxa tinha ficado positiva em 0,74%. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de agosto para setembro: Materiais e Equipamentos (0,34% para -0,32%), Serviços (0,60% para 0,44%) e Mão de Obra (1,13% para 0,17%).