IGP-10 de outubro cai 1,04%, terceira deflação seguida, diz FGV

Indicador veio aquém da expectativa do mercado e representou a terceira deflação mensal seguida; no ano, o IGP-10 tem alta de 6,33%

Roberto de Lira

Etanol em posto de combustíveis
Etanol em posto de combustíveis

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O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) caiu 1,04% em outubro ante setembro, informou a Fundação Getúlio Vargas. No mês anterior, o índice também havia registrado variação negativa (-0,90%), assim como em agosto (-0,69%). Com esse resultado, o índice acumula alta de 6,33% no ano e de 7,44% em 12 meses.

A queda veio um pouco menos intensa da esperada pelo mercado: o consenso Refinitiv apontava para uma deflação de 1,08%.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 1,44% em outubro, ante deflação de -1,18% em setembro. Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais variaram de -0,52% em setembro para -0,30% em outubro.

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A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de 1,16% para 6,16%. O índice relativo a Bens Finais (ex.), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, caiu 0,33% em outubro. No mês anterior, a taxa foi de 0,18%.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou +0,17% em outubro, ante queda de -0,14% em setembro. Cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação: Transportes (-2,97% para -2,17%), Habitação (0,08% para 0,64%), Alimentação (-0,24% para 0,11%), Comunicação (-0,88% para -0,61%) e Despesas Diversas (0,15% para 0,19%).

As principais contribuições para este movimento partiram dos seguintes itens: gasolina (-9,66% para -7,09%), tarifa de eletricidade residencial (-1,54% para -0,24%), hortaliças e legumes (-4,83% para 4,05%), tarifa de telefone residencial (-3,45% para 2,77%) e alimentos para animais domésticos (-0,62% para 1,04%).

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Segundo André Braz, coordenador de índices de preços da FGV, leite e combustíveis foram os grandes destaques para a inflação ao produtor e ao consumidor no mês.

“No IPA, as maiores contribuições para a queda do índice foram leite in natura (-7,21%) e óleo Diesel (-4,22%). Já no IPC, as quedas registradas para gasolina (-7,09%) e leite tipo longa vida (-11,36%) contiveram parcialmente o ritmo de aceleração do índice, que sob a influência do setor serviços, principalmente das passagens aéreas (+17,70%) e do aluguel residencial (+1,38%), volta a acelerar”.

INCC

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou perto da estabilidade (0,01%) em outubro. No mês anterior a taxa foi de -0,02%. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de setembro para outubro: Serviços (0,44% para 0,27%) , Mão de Obra (0,17% para 0,25%). Já o grupo Materiais e Equipamentos repetiu a taxa do mês anterior, de -0,32%.

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