IBGE estende prazo de coleta de dados do Censo 2022 por falta de pessoal

Em todo o país, o IBGE conta com 95.448 recenseadores em ação, o equivalente a 52,2% do total de vagas disponíveis

Roberto de Lira

Recenseador do IBGE (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
Recenseador do IBGE (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) adiou para o início de dezembro o prazo final para coleta de informações do Censo Demográfico de 2022. O Instituto enfrenta dificuldades relativas à falta de pessoal para atuar como recenseador em determinados locais.

Em todo o país, o IBGE conta com 95.448 recenseadores em ação, o equivalente a 52,2% do total de vagas disponíveis.

Desde o início da operação de coleta de dados, em 1º de agosto, até 2 de outubro, foram recenseadas 104,44 milhões de pessoas, em 36,567 milhões de no País. Esse total de pessoas entrevistadas corresponde a 49% da população estimada do País.

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Desse total, 42,0% estavam na Região Sudeste; 27,0% no Nordeste; 14,3% no Sul; 8,9% no Norte e 7,8% no Centro-Oeste. Segundo o IBGE, até o momento, 48% da população recenseada eram homens e 52% eram mulheres.

O estado com maior déficit de recenseadores é o Mato Grosso, com 36,8% do número de vagas ocupadas. Já Sergipe está com 68,8% dos postos ocupados.

Remuneração

“Estamos pensando em novas estratégias e alternativas de recrutamento, a fim de alavancar e melhorar a produtividade nos estados com menor porcentual de população recenseada”, esclareceu o gerente técnico do Censo, Luciano Duarte.

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“Nosso maior desafio hoje é aumentar o número (de recenseadores) que esteja efetivamente trabalhando”, contou Bruno Malheiros, coordenador de Recursos Humanos do IBGE. “A gente está aumentando a taxa de remuneração em diversos setores.”

Além da melhora na taxa de remuneração por questionários, o órgão também informou ter elevado o auxílio locomoção. “Acaba funcionando como um bônus”, disse Malheiros.

Recenseadores enfrentaram problemas no atraso de pagamento de auxílios e demora no depósito de salários, mas o IBGE diz que essas questões estão praticamente resolvidas, restando atualmente “situações extremamente pontuais”, segundo Malheiros.

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O órgão está realocando verbas de outras áreas da operação censitária para investir na melhoria da taxa de produção e taxa de locomoção. Por ora, o dinheiro vem da “realocação de créditos orçamentários de outras rubricas”, como licitações fechadas por valor menor que o previsto, exemplificou Claudio Barbosa, coordenador operacional do Censo.

“Todo o crédito orçamentário que pedimos está disponível pro IBGE. Não houve nenhum contingenciamento”, afirmou Barbosa, embora reconheça que ainda avaliam a dimensão da necessidade de recursos extras.

Detalhes

Cerca de 2,27% dos domicílios se recusaram a responder, porcentual que o instituto espera reduzir até o final da operação, após aplicados todos os protocolos de insistência.

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Em relação ao tipo de questionário, 88,2% dos domicílios responderam ao questionário básico e 11,8% ao ampliado, porcentual consistente com a amostra definida pelo Instituto. O tempo mediano de preenchimento tem sido de 6 minutos para o questionário básico e de 16 minutos para o questionário ampliado.

A maior parte dos questionários (99,5%) foi respondida de forma presencial, sendo que 81.620 domicílios optaram por responder pela internet e 85.309 pelo telefone.

(Com Estadão Conteúdo)

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