IBGE anuncia troca de diretores em meio a crise com servidores

De acordo com o IBGE, a servidora Maria do Carmo Dias Bueno assumirá o cargo de Diretora de Geociências

Reuters

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RIO DE JANEIRO (Reuters) – A presidência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou na noite de quinta-feira o nome de dois novos diretores, após os titulares anteriores deixarem o instituto em meio a uma crise interna prolongada.


De acordo com o IBGE, a servidora Maria do Carmo Dias Bueno assumirá o cargo de Diretora de Geociências do IBGE, no lugar de Ivone Lopes Batista.


Já o servidor Gustavo de Carvalho Cayres da Silva assume a diretoria-adjunta, em substituição a Patricia do Amorim Vida Costa.


A transição de trabalhos ocorrerá a partir da próxima semana, segundo nota do instituto.
Com isso, chega a quatro o número de diretores que pediram para deixar o órgão este ano devido a problemas de relacionamento com o presidente Márcio Pochman. Os quatro tinham sido nomeados pelo atual presidente.


O clima do instituto ficou turbulento após Pochman anunciar a proposta de criar a Fundação IBGE+, batizada internamente pelos funcionários de IBGE paralelo. Os servidores alegam que a nova entidade iria produzir pesquisas e conteúdo para a iniciativa privada.


O sindicato dos servidores alega que a criação da fundação não passou por discussões internas.

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Mais recentemente, segundo o sindicato dos servidores, a direção do IBGE exigiu que o Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Fundações Públicas Federais de Geografia e Estatística, ou AssIBGE, retire do nome da entidade a sigla IBGE.


Em meio à turbulência, Pochman divulgou uma carta defendendo a criação da Fundação IBGE+ e alegou que o sindicato de funcionários do instituto promove desinformação sobre o tema.

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Outras decisões do comando do IBGE também geraram desconforto interno e manifestações desde 2024. Entre elas, estão a mudança de funcionários de uma das sedes no centro do Rio de Janeiro para um prédio na zona sul da cidade.

Segundo Pochman, o objetivo da medida foi economizar despesas uma vez que as salas no centro da cidade eram alugadas enquanto que o prédio na zona sul é do governo federal.