Há consenso no BC que política monetária deve ser cautelosa e flexível, diz Guillen

Diretor defendeu que defendeu que a ancoragem das expectativas de inflação é fator importante na condução do nível dos preços de volta à meta

Reuters

Diogo Abry Guillen, diretor do BC
(Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)
Diogo Abry Guillen, diretor do BC (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

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(Reuters) – O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, defendeu nesta quinta-feira (23) flexibilidade na condução da política monetária, ressaltando que os membros do Copom têm a visão comum de que devem agir com cautela, sem sinalizar próximos passos e com firme compromisso em trazer a inflação à meta.

Falando em seminário do European Economics & Financial Centre, Guillen se absteve de comentar se o ciclo de afrouxamento monetário no Brasil chegou ao fim.

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O diretor do BC disse que o comprometimento com a meta de inflação é essencial para ancorar as expectativas. Ele também defendeu que a ancoragem dessas expectativas de inflação é um fator importante na condução do nível dos preços de volta à meta e também fornece credibilidade às autoridades monetárias.

Após fazer considerações sobre a economia brasileira, Guillen disse que houve progresso na redução da inflação, mas que ainda há um caminho a percorrer.

Em uma análise mais ampla do cenário global, o diretor disse acreditar que todas as economias emergentes devem conduzir a política monetária de forma mais cautelosa.

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Por fim, Guillen apontou que o BC vai rever a sua estimativa atual de uma taxa de juro neutra de 4,5%, mas evitará incorporar alterações de alta frequência que criam ruído neste ajustamento.

O BC já realizou sete cortes consecutivos na taxa Selic, sendo seis de 0,5 ponto percentual e um mais recente de 0,25 ponto. A autoridade monetária não indicou os próximos passos da taxa em sua última reunião, no início deste mês. A Selic está em 10,5% ao ano.