Governo federal investirá R$ 7,77 bilhões para comprar vacinas da Pfizer e Janssen

A vacina da Pfizer foi a primeira a receber o registro definitivo pela Anvisa; Já a Janssen deve receber em breve a autorização de uso emergencial

Reuters

Logotipo da Pfizer (Bloomberg)
Logotipo da Pfizer (Bloomberg)

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BRASÍLIA (Reuters) – O governo federal vai investir R$ 5,63 bilhões na compra de 100 milhões de doses da vacina da Pfizer contra a Covid-19 e outros R$ 2,14 bilhões na aquisição de 38 milhões de doses do imunizante da farmacêutica Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson de acordo com os extratos de dispensa de licitação publicados no Diário Oficial da União.

O Ministério anunciou na segunda-feira a assinatura do contrato com os dois laboratórios, depois de meses de negociações.

A vacina da Pfizer foi a primeira a receber o registro definitivo no país pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Já a Janssen ainda não tem registro definitivo, mas deve receber brevemente a autorização de uso emergencial, já que tem o registro nos Estados Unidos e em outros países que são usados como base para a análise da Anvisa.

O valor total a ser desembolsado pelo governo federal, R$ 7,77 bilhões, são parte dos R$ 20 bilhões que foram reservados no orçamento, no início deste ano, para aquisição de imunizantes.

Nas últimos semanas, o governo federal anunciou também a compra de 10 milhões de doses da vacina russa Sputnik V e 20 milhões da indiana Covaxin. Nenhuma das duas, no entanto, entregou ainda os documentos necessários para pedido de registro emergencial ou definitivo no país.

Em entrevista na segunda-feira, Eduardo Pazuello — que teve na noite do mesmo dia seu substituto no comando do Ministério da Saúde anunciado — afirmou que, somando todos os acordos já firmados pela pasta com diferentes laboratórios, o Brasil tem garantidas 562 milhões de doses de vacinas da Covid-19 para o ano de 2021.

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Até o momento, no entanto, foram distribuídas apenas cerca de 25 milhões de doses aos estados e municípios, sendo 20,6 milhões de doses da CoronaVac, do laboratório chinês Sinovac, que está sendo envasada pelo Instituto Butantan, e 4 milhões de doses da vacina da AstraZeneca importadas da Índia.

Com a escassez de doses, a vacinação no país tem caminhado a ritmo lento, com apenas cerca de 6% da população acima de 18 anos vacinada com a primeira dose, de acordo com levantamento feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

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