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O governo central registrou déficit primário de R$ 4,515 bilhões em novembro do ano passado, ante um saldo negativo de R$ 38,071 bilhões no mesmo mês de 2023, uma melhora impulsionada por ganhos com concessões e dividendos, segundo dados do Tesouro Nacional nesta quarta-feira.
O resultado, que compreende as contas de Tesouro, Banco Central e Previdência Social, foi melhor que o esperado pelo mercado, conforme pesquisa da Reuters que apontava para um déficit de R$ 6,6 bilhões no mês.
O desempenho do mês foi decorrente de um aumento real de 16,5% na receita líquida — que exclui transferências para governos regionais — e uma queda real de 6,3% das despesas totais em comparação com novembro de 2023.
A alta das receitas é resultado, principalmente, de um aumento real de 14% das receitas administradas pela Receita Federal, que englobam a coleta de impostos de competência da União.
Já as receitas não administradas pela Receita subiram 39,5%, puxadas por ganhos com concessões (de R$ 228,9 milhões em novembro de 2023 para R$ 4,732 bilhões em novembro de 2024) e dividendos (de R$ 3,438 bilhões para R$ 7,763 bilhões).
Os principais destaques nas receitas administradas foram os ganhos mais altos de Pis/Cofins, Imposto de Importação, e Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
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Do lado das despesas, a queda foi impulsionada, principalmente, por menores desembolsos com apoio financeiro a estados e municípios.
O resultado do mês foi o melhor para novembro desde 2021, quando houve superávit de R$ 4,869 bilhões segundo dados corrigidos pela inflação.
No acumulado do ano até novembro, o governo central registrou um déficit primário de R$ 66,827 bilhões. No mesmo período em 2023, foi registrado um déficit de R$ 112,466 bilhões.
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A meta de resultado primário para 2024 é de déficit zero, com tolerância de 0,25 ponto percentual do Produto Interno Bruto, o que corresponde a cerca de R$ 29 bilhões.
Os dados de novembro são normalmente divulgados na última semana de dezembro, mas foram apresentados com atraso pelo Tesouro.