Publicidade
A aposta de que os jovens são a esperança de um futuro melhor se renova a cada geração. Entretanto, apesar de otimista, deixar a responsabilidade para as gerações futuras parece ter custado um preço alto demais e todas as crises contemporâneas – ambientais, econômicas e sociais demandam esforços cada vez mais urgentes.
E sim, os jovens estão atentos e as soluções precisam ser apresentadas agora, e não depois. Pesquisas apontam que a Geração Z está envolvida em temas sociais, preocupada com a diversidade, o consumo consciente e em “resolver agora os problemas que as gerações mais velhas deixaram”.
A exemplo de Greta Thunberg, que com apenas 15 anos sacudiu o mundo com sua “greve pelo clima”, a GenZ, conhecida como nativos digitais, têm um grande poder de mobilização e entendem a necessidade de transformação. Porém, por outro lado, os mais jovens são a minoria entre os voluntários e também os que doam menos dinheiro para projetos e causas.
Para Edgar Gouveia Jr., fundador da LiveLab, empresa que desenvolve tecnologias e estratégias de jogos colaborativos para a transformação social, e criador da Jornada X, o motivo pode estar no protagonismo da juventude.
“Os jovens não estão terceirizando as coisas. Eles têm muito isso da micropolítica, o ‘começa por mim’. ‘Eu vou ter uma outra relação com os outros gêneros’, como vou tratar, como vou acolher; ‘meu corpo é político, minha turma é política’. E eles não têm um pensamento de que se terceiriza, como ‘eu vou doar e as ONGs vão fazer’, é o ‘nóis por nóis’”, comenta em entrevista ao podcast Aqui se Faz, Aqui se Doa!.
E se o digital é o caminho, como não tornar o papo sobre cultura de doação cringe demais aos jovens? Quais são os desafios e caminhos para o terceiro setor até que os mais jovens realmente mudem o mundo?
Continua depois da publicidade
“A mudança começa quando a gente oferece um ambiente propício pra que esse jovem se desenvolva. Então fornecer treinamentos focados pra liderança, permitir que os jovens tenham experiência de liderança, de criar um projeto, dar este passo de confiança. Então eu realmente acredito que é imprescindível os nossos líderes pararem e ouvirem a nossa juventude, entenderem quais são as pautas, os problemas que eles vão falar sobre, e dar todo o suporte, tanto de recursos financeiros, mas principalmente de estar presente, de dizer eu acredito em você, eu confio no que você tá querendo propor e a sua voz importante nesse meio”, explica Lívia Maria Souza, criadora do projeto Levanta Jovem, uma mentoria para desenvolver a liderança e o espírito empreendedor em jovens da sua cidade, Capanema, no Pará.
O podcast Aqui se Faz, Aqui se Doa!, que vai ao ar todas as terças-feiras, é uma produção do Instituto MOL com apoio do Movimento Bem Maior, Morro do Conselho Participações e Ambev, além de divulgação do Infomoney.