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Furacão Milton pode custar até R$ 500 bi para seguradoras, dizem analistas

Furacão de categoria 5 deve atingir a costa do Golfo da Flórida no final desta quarta-feira ou início de quinta-feira

Reuters

Cubanos enfrentam enchentes com a chegada do Milton
08/10/2024
REUTERS/Norlys Perez
Cubanos enfrentam enchentes com a chegada do Milton 08/10/2024 REUTERS/Norlys Perez

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O furacão Milton pode causar perdas de até US$ 100 bilhões para o setor de seguradoras no mundo, criando aumento na procura de preços de resseguros em 2025, o que pode impulsionar ações de algumas seguradoras, disseram analistas nesta quarta-feira.

O furacão de categoria 5 deve atingir a costa do Golfo da Flórida no final desta quarta-feira ou início de quinta-feira. Ele tem o potencial de ser um dos mais destrutivos a atingir a região, que ainda se recupera da devastação causada pelo furacão Helene há menos de duas semanas.

As perdas com seguro causadas pelo Milton podem ser de entre US$ 60 a 100 bilhões se o furacão tiver impacto direto na área densamente povoada de Tampa, segundo analistas da Morningstar DBRS.

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Uma perda de US$ 100 bilhões colocaria o Milton em pé de igualdade com o Katrina em 2005, acrescentaram, dizendo que as perdas com seguro provavelmente seriam “substanciais, mas não catastróficas”.

O Katrina causou a maior perda segurada de um furacão.

A segunda maior perda veio do Ian, que atingiu a Flórida em 2022 e gerou perdas de cerca de US$ 60 bilhões.

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Analistas da RBC estimaram que o Milton levaria a perdas semelhantes às do Ian, que deveriam ser “muito administráveis” para o setor de seguros.

Analistas da Jefferies estimaram uma perda segurada de dezenas de bilhões de dólares caso o furacão tenha um grande impacto em uma das regiões mais populosas da Flórida.

“Um evento de 1 em 100 anos é estimado por alguns para resultar em perdas de US$ 175 bilhões para um impacto na região de Tampa e US$ 70 bilhões em perdas na região de Ft Myers”, escreveram em nota.

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Resposta do setor

Seguradoras e resseguradoras — que asseguram as seguradoras — responderam ao aumento das perdas por catástrofes naturais, que os cientistas dizem estar sendo exacerbadas pelas mudanças climáticas, aumentando as taxas e excluindo negócios de maior risco.

“Melhores termos de contratos de resseguro, diversificação mais ampla de ganhos e maiores reservas devem colocar o setor em melhor situação do que antes”, disseram os analistas da RBC em uma nota.

As ações de resseguradoras globais como Swiss Re e Munich Re e dos players do Lloyd’s de Londres como Beazley, Hiscox e Lancashire caíram esta semana. Swiss Re, Munich Re e Beazley têm negociado em níveis recordes nas últimas semanas após fortes lucros.

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“É apenas uma questão de tempo até que as ações recuperem o terreno perdido, à medida que as perspectivas de preços mais altos nas subsequentes renovações (de apólices) se estabeleçam”, acrescentou a RBC.