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A busca da cooperação em um mundo fragmentado é o principal tema da 53ª Reunião Anual do Fórum Econômico Global (WEF, na sigla em inglês), que começa nesta segunda-feira (16) e vai até sexta-feira (20) em Davos-Klosters, na Suíça. São esperados mas de 2.700 líderes no fórum deste ano, entre eles chefes de Estados, representantes de organizações internacionais e empresários de 130 países.
Será o retorno do encontro em seu formato e período normais. Por conta da pandemia, o evento foi realizado de forma virtual em 2021 e teve uma versão reduzida no ano passado, realizada em maio.
Klaus Schwab, fundador e presidente executivo do WEF, disse na semana passada que o planeta está enfrentando uma grave crise de erosão da confiança. “Vemos as múltiplas forças políticas, econômicas e sociais criando uma maior fragmentação em nível global e nacional. Precisamos reforçar a cooperação entre o governo e os setores empresariais, criando as condições para uma recuperação forte e duradoura”, afirmou.
O programa da reunião prevê painéis, palestras e entrevistas com foco em buscar soluções e cooperação público-privada para enfrentar esses desafios. Nas discussões, os líderes mundiais serão incentivados a trabalharem juntos em questões interconectadas de energia, clima e natureza, além de investimento, comércio e infraestrutura.
O Fórum também vai buscar ampliar discussões sobre tecnologias de fronteira e resiliência da indústria. Novos tipo empregos e habilidades, programas de mobilidade social e saúde e cooperação geopolítica também terão destaque. O WEF promete dar uma ênfase especial à diversidade geográfica e de gênero em todas as sessões.
Embora mais de 50 chefes de Estado tenham confirmado sua presença em Davos, haverá ausências marcantes. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, por exemplo, será representado por funcionários de sua administração, incluindo o enviado presidencial para o clima John Kerry, o chefe da inteligência nacional, Avril Haines, e a representante comercial dos EUA, Katherine Tai, além de vários governadores e legisladores do Congresso.
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O líder chines Xi Jinping será representado pelo vice-primeiro-ministro Liu He.
Brasil em Davos
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia antecipado que não iria a Davos nesse início de mandato para priorizar a montagem do governo e prestigiar a Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), marcada para o dia 24, na Argentina. Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, também desistiu da viagem para ganhar tempo na reconstrução da Pasta.
Assim, o Brasil será representado no evento pelos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Meio Ambiente, Marina Silva. Pela programação oficial do Fórum, os representantes brasileiros participam de um painel especial “Brasil: Um Novo Roteiro”, marcado para as 13 horas (horário local) no dia 17.
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Haddad também vai participar do debate “Liderança para América Latina” no dia seguinte, às 15h, ao lado dos presidentes do Equador, Costa Rica e Colômbia e da vice-presidente da República Dominicana.
Outras autoridades brasileiras que devem participar são os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Eduardo Leite (PSDB-RS) e Helder Barbalho (MDB-PA). O governador paraense está previsto como debatedor no debate “A Amazônia Em uma Encruzilhada”, também no dia 19. O novo presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento, Ilan Goldfajn, participará no dia 17 de uma mesa de debates sobre a América Latina que terá a presença do apresentador de TV Luciano Huck.
Na abertura do evento, será entregue o Crystal Award, que premia líderes culturais que recebem que constroem “pontes” entre as pessoas. Neste ano, os laureados são a arquiteta Maya Lin, a soprano Renée Fleming e do ator, cineasta e humanitário Idris Elba, além de sua esposa, a atriz e modelo Sabrina Elba.