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SÃO PAULO – Com uma pressão inflacionária cada vez maior, a tendência é que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) se veja forçado a subir a taxa Selic em um ritmo mais forte do que o previsto inicialmente. Ao menos é o que apontam as projeções dos economistas consultados pela autoridade monetária para o relatório Focus divulgado na manhã desta segunda-feira.
No encontro que se inicia nesta terça-feira para definir a taxa Selic para os próximos 45 dias, a expectativa é a de que o Copom inicie o processo de alta da taxa de juros com um aumento de 0,50 ponto percentual, levando a Selic para 2,50% ao ano no anúncio de quarta-feira.
No Focus da semana passada, a estimativa dos economistas apontava para uma alta de 0,25 ponto percentual.
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A projeção é a de que a taxa básica de juros suba para 4,50% ao fim de 2021, também acima dos 4% do último levantamento. Já para 2022, a previsão para a Selic se manteve nos mesmos 5,5% da semana passada.
O ponto central está na inflação. Pela décima semana seguida, a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2021 subiu, desta vez de 3,98% para 4,60%.
Antes do início das revisões para cima, a projeção do mercado apontava para uma alta de 3,32% do índice de preços, depois da inflação de 4,52% registrada em 2020.
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Já para 2022, a expectativa é que a inflação desacelere o ritmo para 3,50%, sem alteração em relação ao levantamento da semana passada.
Câmbio também sob pressão
Diante de juros mais altos, a perspectiva para o câmbio também vem se ajustando. Em trajetória ascendente como reflexo da piora na percepção dos agentes econômicos quanto ao quadro doméstico, a estimativa para a taxa de câmbio no fim do ano avançou, pela quarta vez consecutiva, de R$ 5,15 para R$ 5,30.
Para dezembro de 2022, a projeção para o dólar também aumentou, pela terceira vez, de R$ 5,13 para R$ 5,20.
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Por fim, no que tange à expectativa para o crescimento da economia brasileira, os economistas esperam uma alta de 3,23% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021, praticamente sem alteração ante o levantamento anterior (3,26%).
Para o ano que vem, as projeções consolidadas no Focus apontam para um crescimento de 2,39% do PIB, contra 2,48% na semana passada.
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