FMI reitera apoio ao plano de estabilização na Argentina e prevê economia crescendo

Diretora de comunicação Julie Kozack disse que novo desembolso de US$ 800 mi ao país será aprovado nas próximas semanas; ela destacou o primeiro superávit fiscal trimestral em 16 anos, atingido em março

Equipe InfoMoney

Logotipo do FMI, em Washington, nos EUA (Foto: Yuri Gripas/Reuters)
Logotipo do FMI, em Washington, nos EUA (Foto: Yuri Gripas/Reuters)

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O Fundo Monetário Internacional (FMI) previu nesta quinta-feira (16) que espera que a economia da Argentina voltará a crescer “no segundo semestre” deste ano e que está sendo buscada uma transição para um novo regime de competição cambial, onde “o peso e outras moedas, como o dólar, possam coexistir e ser usadas livremente”, como já acontece no Peru e no Uruguai.

Em entrevista coletiva em Washington, a diretora de comunicação do Fundo, Julie Kozack, comentou que a oitava revisão do programa de empréstimos para a Argentina, que acaba de ser avaliado tecnicamente com sucesso, deve ser aprovado pela Diretoria Executiva do FMI nas próximas semanas. Isso vai proporcionar um desembolso extra de US$ 800 milhões ao país. Não se falou em financiamento adicional, informam os jornais e sites argentinos.

Segundo o jornal Clarín, a porta-voz disse ainda que o plano de estabilização econômica do novo governo está trazendo resultados “melhores do que o esperado”. Ela lembrou que, no trimestre, houve superávit fiscal pela primeira vez em 16 anos, além de um acúmulo acelerado de reservas e uma “rápida redução da inflação”. O índice de preços ao consumidor caiu de 25% em dezembro para 8,8% em abril.

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Sobre o prazo de quando o país voltará a crescer, Kozack disse esperar “que a economia volte a crescer no segundo semestre deste ano”.

Em seu relatório de perspectivas globais apresentado na Assembleia do FMI e do Banco Mundial, em abril, o FMI previu que a economia argentina encolherá 2,8% este ano, mas se recuperará, crescendo 5% em 2025.

Sobre a política monetária, Kozack disse que a Argentina “precisará continuar a evoluir para ancorar a inflação e as expectativas inflacionárias”. E que será necessária uma política cambial flexível ao longo do tempo para salvaguardar as reservas.

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“Algumas mudanças serão necessárias à medida que os controles cambiais forem gradualmente suspensos com base nas condições e à medida que as autoridades fizerem a transição para um novo regime monetário”, disse.