Fed deve cortar juros gradualmente para 3,5% até meados de 2025, segundo operadores

Esse é um ritmo ligeiramente mais acentuado de cortes do que os mercados financeiros vinham prevendo antes de dados divulgados nesta quinta

Reuters

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As autoridades do Federal Reserve devem reduzir a taxa de juros em 25 pontos-base no próximo mês e continuar reduzindo-a gradualmente até chegar a 3,5%, ou possivelmente menos, no final do próximo ano, com base em apostas de operadores nesta quinta-feira (10).

Esse é um ritmo ligeiramente mais acentuado de cortes do que os mercados financeiros vinham prevendo antes de dados divulgados nesta quinta mostrarem que o índice de preços ao consumidor nos Estados Unidos subiu 2,4% em setembro na base atual e que os pedidos semanais de auxílio-desemprego aumentaram.

Economistas consultados pela Reuters esperavam que a inflação desacelerasse para 2,3%, ante avanço de 2,5% em agosto. O aumento nos pedidos de auxílio-desemprego, atribuído em grande parte ao furacão Helene, foi maior do que o esperado.

Após os dados, operadores abandonaram as apostas de que o Fed poderia manter os juros inalterados na reunião do próximo mês. E, embora a maior parte das apostas continue refletindo a expectativa de que o Fed irá parar de cortar os juros quando chegar à faixa de 3,50% a 3,75% em meados de 2025, começaram a surgir apostas de um ponto final mais baixo no fim de 2025 ou no início de 2026.

A taxa de juros dos EUA está atualmente na faixa de 4,75% a 5,00%, depois que o Fed a reduziu os juros em 50 pontos em setembro, no que as autoridades chamaram de “recalibragem” para levar em conta a desaceleração da inflação e o esfriamento do mercado de trabalho no ano anterior.

“O ganho maior do que o previsto no índice de preços ao consumidor de setembro não sinaliza uma reaceleração da inflação, nem impedirá o Federal Reserve de cortar os juros em 25 pontos-base em sua reunião de novembro”, escreveu Ryan Sweet, economista-chefe da Oxford Economics para os EUA.

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“O Fed precisa continuar normalizando a taxa de juros para manter a economia no caminho de um pouso suave.”