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(Bloomberg) – A China prevê agravamento da escassez de mão de obra qualificada enquanto o governo desenvolve setores de tecnologia e foca na necessidade melhorar o ensino e a capacitação.
A incompatibilidade entre os empregos disponíveis e as habilidades das pessoas se tornará o principal problema do mercado de trabalho, afirmou Gao Gao, vice-secretário-geral da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, a repórteres na segunda-feira, após a apresentação de um novo plano de cinco anos para os empregos, que vai até 2025.
A parcela de profissionais qualificados na força de trabalho subiu para aproximadamente 30%, mas ainda é baixa na comparação com outras potências mundiais, segundo ele.
A economia chinesa enfrenta uma contradição estrutural: faltam trabalhadores qualificados, mas o desemprego é alto e está aumentando ainda mais entre os jovens. Empresas na costa leste do país relatam dificuldades para contratar, enquanto a taxa de desemprego entre a população de 16 a 24 anos é mais do que o triplo da taxa nacional de 5,1%.
Em um plano detalhado publicado na noite de sexta-feira, o Conselho de Estado — principal órgão executivo do país — prometeu impulsionar os níveis de qualificação na economia, especialmente por meio da educação vocacional. O tempo médio de escolaridade da população em idade ativa será aumentado de 10,8 anos para 11,3 anos. A única meta obrigatória entre os 10 objetivos listados é aprimorar o setor manufatureiro e avançar na cadeia de valor.
Segundo Gao, “a escassez de mão de obra no setor manufatureiro é proeminente”, especialmente à medida que a demanda por pessoal qualificado aumenta e os operários da indústria envelhecem. A China precisa acelerar o treinamento de talentos urgentemente necessários em áreas importantes e atender à demanda de mão de obra no setor manufatureiro, disse ele.
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O governo pretende criar 55 milhões de empregos urbanos até 2025 e limitar a taxa de desemprego em 5,5%, de acordo com o plano.
Pequim prometeu que o emprego será prioridade na política econômica. Essa meta ganhou importância recentemente, com as autoridades fazendo maior esforço para reduzir a desigualdade a fim de alcançar a “prosperidade comum”. Isso inclui melhorar os direitos dos trabalhadores, especialmente em setores como o de tecnologia, que na sexta-feira recebeu o alerta de um tribunal superior sobre a cultura de trabalho excessivo.
Quanto aos direitos trabalhistas, o governo se comprometeu a supervisionar o enquadramento das regras de jornada de trabalho e folgas. Outra promessa é reduzir a discriminação, incentivando empregadores a implementar flexibilidade para quem cuida de bebês e capacitação profissional para mulheres que deixam o trabalho para ter filhos.
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Um novo foco no plano de emprego é a promessa de ampliar a parcela dos salários na economia como um todo, o que estreitaria a desigualdade de renda. Pequim prometeu aumentar a remuneração dos trabalhadores, especialmente dos que atuam na linha de frente, ao mesmo tempo em que eleva os salários e a produtividade.
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