Exportações do Japão crescem abaixo do esperado em julho; volumes recuam novamente

Vendas externas japonesas aumentaram 10,3% em valor em julho ante o mesmo mês de 2023, mas os volumes gerais de remessas caíram 5,2%, no sexto mês consecutivo de quedas

Reuters

Fábrica em Higashiosaka, no Japão (Foto: Sakura Murakami/Reuters)
Fábrica em Higashiosaka, no Japão (Foto: Sakura Murakami/Reuters)

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Tóquio (Reuters) – As exportações do Japão cresceram em um ritmo um pouco mais lento do que o esperado em julho e os volumes de remessas ampliaram quedas, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (21), aumentando as dúvidas sobre as perspectivas de uma economia que acabou de começar a acelerar seu ritmo de recuperação.

O resultado segue dados separados da semana passada que mostraram que a economia do Japão se recuperou fortemente no segundo trimestre devido ao consumo robusto, apoiando o argumento de que o banco central deve continuar sua campanha de aperto da política monetária.

As exportações japonesas aumentaram 10,3% em relação ao ano anterior em julho, o oitavo mês consecutivo de alta, mostraram dados do Ministério das Finanças, mas ficaram abaixo da mediana das previsões do mercado de um crescimento de 11,4%. As vendas foram impulsionadas por um iene mais fraco e comparadas com um aumento de 5,4% em junho.

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No entanto, os volumes gerais de remessas caíram 5,2% no mês passado em relação ao mesmo período do ano anterior, o sexto mês consecutivo de quedas.

A queda nos volumes sugeriu que o iene mais fraco estava mascarando a fraqueza da demanda global, disse Takeshi Minami, economista-chefe do Norinchukin Research Institute.

“As perspectivas para a demanda global também permanecem sombrias, uma vez que os problemas imobiliários continuam pesando sobre a economia chinesa e o mercado de trabalho dos Estados Unidos está esfriando. E se o iene se recuperar ainda mais, as exportações do Japão também diminuirão em termos de valor”, disse ele.

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As importações cresceram 16,6% em julho em relação ao ano anterior, contra um aumento de 14,9% esperado pelos economistas.

A balança comercial teve um déficit de 621,8 bilhões de ienes (US$ 4,28 bilhões), em comparação com um déficit previsto de 330,7 bilhões de ienes.