Expectativas de inflação vêm piorando no Brasil, diz Campos Neto

Presidente do BC ressaltou que a autoridade monetária está 'seguindo isso bastante de perto'

Reuters

O presidente do BC, Roberto Campos Neto (REUTERS/Ueslei Marcelino)
O presidente do BC, Roberto Campos Neto (REUTERS/Ueslei Marcelino)

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O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta sexta-feira (26) que as expectativas para a inflação no Brasil vêm piorando, e ressaltou que a autoridade monetária está “seguindo isso bastante de perto”.

Em evento promovido pela Young Presidents’ Organization, Campos Neto afirmou que as projeções de mercado para a inflação de 2025 começaram a piorar recentemente, movimento que o BC está tentando entender.

“As expectativas de inflação vêm piorando, tanto as expectativas médias quanto longas vêm piorando”, disse.

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O mais recente Boletim Focus do Banco Central, que capta estimativas de agentes do mercado, aponta para uma inflação de 3,60% em 2025, contra 3,56% previstos uma semana antes e 3,51% um mês antes. A meta de inflação é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Para o presidente do BC, essa mudança pode ser explicada por percepções relacionadas ao preço de combustíveis, patamar do câmbio e nível dos juros nos Estados Unidos.

Campos Neto disse que a inflação no Brasil mantém trajetória de queda e destacou dados de março melhores do que o previsto, mas ponderou que a “última milha” da desinflação é mais difícil.

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Falando logo após o IBGE mostrar que o IPCA-15 subiu menos do que o esperado pelo mercado em abril, o presidente do BC disse que o dado parecia positivo, mas precisava de melhor análise para ver os detalhes.

Campos Neto ponderou que a inflação de serviços subjacente segue em nível elevado, mostrando-se mais resiliente nos itens mais ligados ao mercado de trabalho. Ele demonstrou preocupação com o tema, destacando que dados fortes de emprego podem impactar os preços de serviços.

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