EUA priorizarão candidatura do Brasil à OCDE no lugar da Argentina

A nova posição dos Estados Unidos foi transmitida ao governo brasileiro e ao Secretário-Geral da OCDE Angel Gurria

Equipe InfoMoney

(Alan Santos / PR)
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Os Estados Unidos decidiram dar prioridade à candidatura brasileira à Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), revertendo uma promessa anterior de primeiro apoiar a Argentina.

A nova posição dos Estados Unidos foi transmitida ao governo brasileiro e ao Secretário-Geral da OCDE Angel Gurria, de acordo com fontes ouvidas pela Bloomberg que pediram anonimato. Ela deverá ser oficializada ao conselho da organização em Paris na quarta-feira, acrescentaram as fontes, que não estão autorizadas a discutir o assunto em público.

A Casa Branca, o Palácio do Planalto, o ministério de relações internacionais do Brasil e a OCDE não responderam imediatamente a pedidos de comentário. A mudança na política dos Estados Unidos foi primeiramente noticiada pela revista Época e pelo jornal Folha de S.Paulo.

Mais tarde, pelo Twitter, o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Ernesto Araújo, confirmou a informação.

“Anúncio americano de prioridade ao Brasil para ingresso na OCDE comprova uma vez mais que estamos construindo uma parceria sólida com os EUA, capaz de gerar resultados de curto, médio e longo prazo, em benefício da transformação do Brasil na grande nação que sempre quisemos ser”, disse Araújo. Na manhã desta quarta-feira, Bolsonaro também se pronunciou sobre o assunto e afirmou que o Brasil está na frente da Argentina para entrar na OCDE.

O apoio norte-americano ao Brasil, anunciado pelo Presidente Donald Trump na presença do Presidente Jair Bolsonaro durante uma conferência de imprensa em Washington em março do ano passado, foi colocado em dúvida alguns meses depois, quando uma carta do Secretário de Estado Mike Pompeo se tornou pública.

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No documento endereçado ao secretário-geral da OCDE, os Estados Unidos diziam apoiar apenas os pedidos de acesso da Argentina e da Romênia.

Após a carta ser publicada, Trump reiterou que os Estados Unidos continuavam apoiando à candidatura brasileira ao clube de países ricos, mas os Estados Unidos não haviam ainda oficialmente alterado sua recomendação à OCDE. O episódio foi citado por críticos do governo Bolsonaro como evidência de que a política de alinhamento automático ao governo Trump não estava dando frutos ao Brasil.

(Com Bloomberg)

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