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(ANSA) – A Administração de Alimentos e Remédios dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) autorizou na noite desta quinta-feira (12) a administração da terceira dose das vacinas anti-Covid da Moderna e da Pfizer/BioNTech para pessoas imunossuprimidas, que fizeram transplantes de órgãos ou lutem contra um câncer.
Segundo a FDA, a ideia é reforçar a proteção dessas pessoas que têm a saúde fragilizada perante o avanço da variante Delta do coronavírus Sars-CoV-2.
Na nota, porém, o órgão destaca que “outras pessoas que estão totalmente vacinadas estão adequadamente protegidas e não precisam de uma dose adicional no momento”.
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O infectologista Anthony Fauci, principal conselheiro do governo Joe Biden para a área de saúde, ressaltou que os especialistas norte-americanos monitoram todos os dados em “tempo real” e que, no futuro, todos os cidadãos precisarão tomar a terceira dose das vacinas.
No entanto, as informações apontam que os grupos “mais frágeis” é que têm essa necessidade no momento.
Com isso, os EUA se juntam a outros países ricos, como Israel, Reino Unido e França, que oferecem a terceira dose para grupos específicos.
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A prática é criticada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que pede que as nações que têm condições ajudem a acelerar a imunização dos mais pobres no mundo para que os países cheguem, ao menos, a 20% de pessoas vacinadas até o fim do ano.
Conforme dados da própria OMS, enquanto os países ricos têm cerca de 50% de suas populações imunizadas, os países africanos, por exemplo, têm apenas 2% de protegidos.
Estudo com transplantados
Nesta sexta-feira (13), um estudo feito no Canadá pela University Health Network foi publicado no “New England Journal of Medicine” e mostrou que a administração de uma terceira dose em pessoas transplantadas é “muito eficiente”.
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Analisando dados de 120 pacientes, todos vacinados com duas doses da vacinada Moderna, constatou-se que a proteção estava bastante reduzida. Metade deles recebeu a terceira dose depois de dois meses da aplicação da segunda.
Os pesquisadores constataram que 55% dos que receberam o reforço mostraram um nível de anticorpos de 100 unidades por mililitro de sangue, coisa que aconteceu em apenas em 18% dos que não receberam a terceira dose.
“Há pacientes transplantados que não ficam totalmente protegidos mesmo tendo concluído o ciclo vacinal. Se oferecermos a terceira dose, eles terão uma possibilidade melhor de proteção e acreditamos que deve ser feito”, disse Deepali Kumar, o autor principal do artigo.
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