Estudo preliminar indica que ButanVac é segura e induz alta resposta imune

Potencial vacina contra Covid-19 está sendo desenvolvida em parceria envolvendo o Instituto Butantan

Reuters

(Pexels)
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SÃO PAULO (Reuters) – Um estudo preliminar realizado por pesquisadores norte-americanos e tailandeses apontou que a ButanVac, potencial vacina contra Covid-19 que está sendo desenvolvida em parceria envolvendo o Instituto Butantan, mostrou-se segura e com indução de alta resposta imune em teste de Fase 1, informou o governo do Estado de São Paulo, ao qual o Butantan é vinculado.

De acordo com o governo paulista, o teste com a vacina, conhecida internacionalmente como NDV-HXP-S, foi feito com 210 voluntários de entre 18 e 59 anos, sendo 82 homens e 128 mulheres.

Os dados apontam que todas as formulações da vacina foram bem toleradas nos voluntários, com efeitos adversos – sem ocorrência grave – registrados em menos de um terço dos participantes.

Os voluntários receberam duas doses da potencial vacina, com intervalo de 28 dias entre elas, e após 14 dias da aplicação da segunda dose, foi registrada uma “uma resposta imunológica marcante”.

“A vacina inativada tem um perfil de segurança aceitável e é altamente imunogênica. Esta vacina pode ser produzida a baixo custo em qualquer instalação projetada para a produção da vacina inativada do vírus da influenza”, disseram os pesquisadores em artigo sobre o estudo preliminar.

O Butantan também realiza estudos de Fase 1 com a ButanVac no Brasil e, na semana passada, o presidente do instituto, Dimas Covas, afirmou que eles devem ser concluídos “muito rapidamente”, sem especificar um prazo.

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Covas disse ainda que o Butantan já produziu 10 milhões de doses da potencial vacina. A promessa do instituto é ter 40 milhões de doses prontas até o final do ano.

A ButanVac está sendo produzida na mesma unidade em que o Butantan fabrica as vacinas contra gripe usadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Covas disse que a capacidade da planta é de produção de 200 milhões de doses anuais da ButanVac.

Antes de ter um eventual pedido de registro analisado pelos órgãos reguladores, o imunizante em estudo precisa passar por testes clínicos de Fases 2 e 3. Não há um prazo para que isso ocorra. O presidente do Butantan disse na semana passada que a ButanVac é uma “grande esperança” para a vacinação contra Covid-19 em 2022.

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