Esperamos que a Petrobras acompanhe a queda do petróleo lá fora, afirma Bolsonaro

Presidente diz esperar que a estatal retorne os preços dos combustíveis no Brasil "aos níveis da semana passada"

Mitchel Diniz

O ex-presidente Jair Bolsonaro durante evento em Brasília (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O ex-presidente Jair Bolsonaro durante evento em Brasília (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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O presidente Jair Bolsonaro voltou a dizer nesta terça-feira (15) que o governo não decide sobre aumento de combustíveis. Porém, disse que a Petrobras (PETR3;PETR4) teria espaço agora para acompanhar a queda do preço do petróleo no mercado internacional, nos últimos dias. Bolsonaro destacou que o governo aprovou na semana passada a isenção total do imposto federal sobre o óleo diesel.

“A gente lamente apenas, se a Petrobras tivesse esperado um dia a mais, nós poderíamos, ao se anunciar o reajuste da Petrobras, que não é responsabilidade nossa – é exclusiva de Petrobras de R$ 0,90 no litro do diesel, poderia ter se anunciado também a diminuição de R$ 0,60 no litro do diesel. O reajuste seria de R$ 0,30”, afirmou o presidente.

Bolsonaro diz que ao ir a um posto de combustíveis em Brasília, constatou que preços estão sendo praticados sem contar com a desoneração do imposto federal. “Se a Petrobras tivesse esperado um dia, tinha aumentado 30 centavos no preço do diesel e não um pouco mais de 90 centavos”, afirmou o presidente.

O presidente também comentou a queda do preço do petróleo no mercado internacional e disse esperar uma ação da Petrobras diante desse comportamento. “Esperamos que a Petrobras acompanhe a queda do preço do petróleo lá fora; com toda certeza, ela fará isso daí”, disse Bolsonaro.

Bolsonaro também afirmou que pandemia e guerra na Ucrânia têm influenciado a economia, mas fez uma ressalva. “Ao que tudo indica, os números agora, em especial o preço do barril do petróleo lá fora, sinalizam para uma normalidade no mundo”, afirmou.

O presidente, que participou de evento do novo Marco de Securitização de Fortalecimento de Garantias Agro, terminou o discurso em tom de apelo. “Espero que a nossa querida Petrobras, que teve muita sensibilidade em não nos dar um dia, retorne aos níveis da semana passada os preços dos combustíveis no Brasil”, disse.

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Mitchel Diniz

Repórter de Mercados