Energia puxa queda da inflação ao produtor na Alemanha em julho

PPI da Alemanha caiu 1,1% em julho ante junho e mostrou retração de 6,0%% na comparação com julho de 2022; energia caiu 19,3%

Roberto de Lira

Bandeira da Alemanha (Foto: Getty Images)
Bandeira da Alemanha (Foto: Getty Images)

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O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) da Alemanha caiu 1,1% em julho ante junho e mostrou retração de 6,0%% na comparação com julho de 2022, informou nesta segunda-feira (21) o Destatis, o departamento federal de estatísticas. A queda em termos anualizados é explicada pelos preços menores de energia, que tinham disparado no ano passado devido à invasão da Ucrânia pela Rússia, e pelos preços intermediários.

A queda foi maior que a estimada pelos analistas de mercado, que esperavam retração de 0,2% no mês e de 5,1% ante julho de 2022.

Segundo o Destatis, os preços da energia recuaram 2,5% na comparação mensal e 19,3% na leitura anual. Só os preços da eletricidade para o setor produtivo alemão estavam 30% mais baixos em julho ante o mesmo mês de 2022 (a queda mensal foi de 4,1%). Além disso, a queda anual do gás natural chegou a 16,2%, a primeira retração homóloga dos preços desde dezembro de 2020.

Também foram registradas queda de 16,6% nos preços dos derivados de petróleo em termos anuais, embora tenham crescido 1,1% ante junho. O óleo leve para aquecimento estava custando 37,5% menos que no ano anterior.

Excluindo os preços da energia, os preços ao produtor foram 2,0% superiores aos de julho de 2022 e 0,4% inferiores aos de junho de 2023.

Os preços dos bens intermediários caíram 3,4% em julho de 2023 em relação ao ano anterior e ficaram 1,0% abaixo dos observados no mês anterior. O preços dos metais caíram 10,5% em bases anuais ficaram 2,3% abaixo de junho de 2023.

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Em julho de 2023, os preços dos bens de consumo não duráveis ​​foram 8,1% maiores do que em julho de 2022. Na comparação com junho de 2023, eles permaneceram inalterados.

Já os preços dos produtos alimentares aumentaram 9,2% face ao ano anterior, com destaque para o reajuste dos preços do açúcar (+87,5% face a julho de 2022).

Os bens de consumo duráveis registaram um aumento homólogo de 5,8% em julho de 2023, sobretudo devido à evolução dos preços de móveis (+6,0% ante julho de 2022) e dos eletrodomésticos (+7,1%). Em comparação com junho de 2023, os preços dos bens de consumo duráveis ​​permaneceram inalterados.

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Os preços dos bens de capital subiram 5,5% em termos homólogos, impulsionados principalmente pelos aumentos dos preços das máquinas (+6,7%) e dos veículos automotores, reboques e semirreboques (+5,1%). Os preços dos bens de capital subiram 0,3% em relação a junho de 2023.