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(Bloomberg) — A pandemia de coronavírus seguramente provocará recessão global, mas economistas estão cada vez menos convencidos sobre a possibilidade de uma rápida recuperação do crescimento.
Analistas partem do princípio de que uma recuperação, talvez até vigorosa, ocorrerá no segundo semestre de 2020. Mas, à medida que a pandemia se propaga nos continentes europeu e americano e seus efeitos indiretos ficam claros, ressalvas para essa previsão se acumulam.
Por trás de todas elas está o simples fato de que as consequências econômicas dependem de algo que está além do que a maioria dos economistas pode prever: a trajetória da própria doença.
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“Não temos certeza de que o vírus desaparecerá até o fim do segundo trimestre”, disse Joseph Stiglitz, vencedor do Prêmio Nobel e professor da Universidade Columbia, em Nova York. Se “durar até o verão, todos os efeitos serão ampliados”.
Além disso, economistas debatem uma série de questões – e essas dúvidas minam cada vez mais as projeções da chamada “recuperação em V”, na qual a produção perdida é rapidamente restaurada.
Em vez de soar como um decisivo “estamos fora de perigo”, autoridades de saúde parecem defender um retorno gradual à vida profissional, de modo que o “distanciamento social” pode permanecer.
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Juntamente com o impacto financeiro da crise, que provavelmente reduzirá gastos com viagens, em lojas ou restaurantes, considerando que essas empresas não fecharão as portas.
“Leva mais tempo para ‘voltar a jogar’ do que ‘voltar ao trabalho’”, disse Catherine Mann, economista-chefe do Citigroup. Isso dá suporte à preocupação com a “trajetória das economias avançadas dependentes de serviços no segundo semestre de 2020”, disse.
A cautela do consumidor já é evidente na China, embora as autoridades digam que é seguro voltar ao marketplace.
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Muito dependerá da rapidez com que as empresas criem empregos. A Organização Internacional do Trabalho alerta para a perda de 25 milhões postos de trabalho. E o Goldman Sachs disse na terça-feira que o desemprego nos EUA deve atingir 15%.
Stiglitz se preocupa com o que chama de “impasse financeiro”, no qual famílias e empresas não podem pagar as contas, levando companhias a pedir recuperação judicial e à inadimplência, e assim por diante.
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