Economia dos EUA teve crescimento modesto nas últimas semanas, mostra Livro Bege

Expectativas de crescimento aumentaram moderadamente na maioria das regiões e setores; as áreas de petróleo e gás ficaram estáveis, mas a demanda por geração de eletricidade continuou a crescer

Equipe InfoMoney

Sede do Federal Reserve em Washington - 14/06/2022 (Foto: Sarah Silbiger/Reuters)
Sede do Federal Reserve em Washington - 14/06/2022 (Foto: Sarah Silbiger/Reuters)

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A atividade econômica dos Estados Unidos expandiu ligeiramente na maioria das regiões desde o início de outubro, com o crescimento do emprego moderando, a inflação subindo em ritmo modesto e as empresas expressando otimismo sobre o futuro, disse o Federal Reserve nesta quarta-feira (4) em um resumo de pesquisas e entrevistas em todo o país conhecido como “Livro Bege”.

“Embora o crescimento da atividade econômica tenha sido em geral pequeno, as expectativas de crescimento aumentaram moderadamente na maioria das regiões e setores”, disse o banco central dos EUA em sua verificação regular da temperatura da economia, com base nas falas dos contatos comerciais e comunitários de cada um de seus 12 bancos regionais até 22 de novembro.

“Os contatos comerciais expressaram otimismo de que a demanda aumentará nos próximos meses.”

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O Livro Bege também pontuou que a demanda por hipotecas foi baixa em geral, embora os relatórios sobre as mudanças recentes na procura por empréstimos imobiliários tenham sido mistos devido à volatilidade das taxas.

No setor de energia, as áreas de petróleo e gás ficaram estáveis, mas a demanda por geração de eletricidade continuou a crescer a uma taxa robusta.

Os resultados ajudarão a moldar o pensamento dos formuladores de política monetária do Fed sobre a velocidade e a magnitude do ciclo de corte da taxa de juros, atualmente na faixa de 4,50% a 4,75% após reduções em setembro e novembro.

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A última reunião de política monetária do Fed no ano será daqui a duas semanas, e os mercados financeiros estão apostando que haverá um corte de 0,25 ponto percentual nos custos dos empréstimos, apesar de a inflação ter se mostrado mais rígida do que o esperado.

Uma das principais medidas das pressões subjacentes sobre os preços, a variação em 12 meses no índice de preços PCE sem os custos de alimentos e energia, ficou presa em uma faixa de 2,6% a 2,8% desde maio, bem acima da meta de 2% do Fed.

Mesmo assim, muitas autoridades do Fed dizem continuar convencidas de que a inflação está voltando a cair, principalmente com os custos de empréstimos de curto prazo bem acima do chamado nível neutro, no qual eles deixariam de restringir o crescimento da economia.

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Em setembro, a maioria dos formuladores de política monetária estimava que a taxa neutra não seria superior a 3,5%.

Com o mercado de trabalho ainda forte, mas enfraquecendo gradualmente, as autoridades do Fed estão cautelosas em deixar a taxa básica muito acima desse nível por muito tempo.

Economistas esperam que um relatório mensal sobre empregos, a ser divulgado na sexta-feira, mostre que o crescimento das vagas de emprego se recuperou em novembro, depois de um resultado desanimador em outubro, quando furacões no sudeste dos EUA e uma greve já encerrada na Boeing pesaram sobre as contratações. Entretanto, a previsão é de que a taxa de desemprego suba de 4,1% para 4,2%.

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(Reuters e Estadão Conteúdo)

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