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SÃO PAULO – Os integrantes do Federal Reserve (como é conhecido o Banco Central dos Estados Unidos) enxergam a economia do país ainda longe do nível que precisa atingir, em uma sinalização de que os juros devem se manter no patamar atual, próximos de zero, por um longo período.
As informações são da ata da reunião do Fomc realizada em janeiro e publicada nesta quarta-feira (17). Na reunião, além da manutenção das taxas, o Fed não alterou as compras de US$ 120 bilhões em ativos mensais.
“Os participantes observaram que as condições econômicas estavam atualmente longe dos objetivos de longo prazo do Comitê e que a postura da política deveria permanecer acomodativa até que esses objetivos fossem alcançados”, disse o BC americano em sua decisão no mês passado.
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“Consequentemente, todos os participantes apoiaram a manutenção das configurações atuais do Comitê e orientação baseada em resultados para a taxa de fundos federais e o ritmo de compras de ativos”, dizia o comunicado.
Com a economia americana ainda sofrendo com os impactos da pandemia do coronavírus e dando sinais de dificuldade de se reerguer, a ata da reunião publicada nesta quarta manteve o tom de que as políticas do Fed não devem mudar no curto prazo.
Apesar dessa visão, os integrantes do Fed se mostraram um pouco mais otimistas com o longo prazo. Os membros votantes do comitê concordaram que o progresso esperado nas vacinações e a mudança nas perspectivas da política fiscal melhoraram as projeções de longo prazo para a economia.
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“A crise de saúde pública em curso continua a pesar sobre a atividade econômica, o emprego e a inflação e representa riscos consideráveis para as perspectivas econômicas”, diz a ata.
Diante disso, as autoridades “decidiram que a referência em declarações anteriores à reunião de riscos para as perspectivas econômicas a médio prazo já não se justificava”.
Os dirigentes do Fed notaram ainda que uma demanda mais fraca e declínios anteriores nos preços do petróleo “seguram” a inflação ao consumidor nos EUA.
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Eles projetam, porém, que uma nova rodada de estímulos fiscais e a diminuição do distanciamento social com a vacinação em massa contra a covid-19 devem fazer com que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) real do país em 2021 fique acima da taxa potencial, “conduzindo a uma redução considerável da taxa de desemprego”, segundo informa a ata da mais recente reunião de política monetária do Fed.
Com a esperada redução no desemprego e a retomada das atividades, os dirigentes afirmaram que a inflação nos EUA deve atingir a meta do Fed, de pouco mais de 2% no médio prazo, e ultrapassar moderadamente este nível nos anos seguintes a 2023.
(Com Agência Estado)
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