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Como esperado, Donald Trump anunciou na noite de terça-feira (15) sua candidatura à presidência dos Estados Unidos em 2024. O anúncio se deu numa semana na qual analistas consideravam que ele estava politicamente enfraquecido dentro do Partido Republicano, após considerarem que sua interferência custou a possibilidade de controle das duas casas legislativas do Congresso.
O partido teve um resultado aquém das previsões nas eleições de meio de mandato (“midterms”) ocorridas na semana passada. Os democratas conseguiram manter o controle do Senado e os republicanos deverão ter o controle da Câmara, mas por uma margem menor que a esperada.
Trump retomou o slogan de sua última administração. “Para tornar a América grande e gloriosa novamente, estou anunciando esta noite minha candidatura à presidência dos Estados Unidos. O retorno da América começa agora”, disse Trump a uma multidão entusiasmada que incluía muitos membros de seu círculo íntimo. Os presentes gritaram em muitas oportunidades: “Trump, Trump” e “USA, USA”.
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O ex-presidente não fez menção positiva ou negativa a outros nomes considerados entre os republicanos como naturais concorrentes ao cargo, como o governador da Flórida, Ron DeSantis, ou o líder da minoria no Senado. Mitch McConnell.
Mas ele não deixou de bater na administração do democrata Joe Biden, criticando suas políticas e atos, como a caótica retirada das tropas americanas no Afeganistão, que tornaram o país “motivo de chacota” em sua opinião. “Talvez o momento mais embaraçoso da história do nosso país”, disse Trump, referindo-se ao Afeganistão. “Perdemos vidas, deixamos americanos para trás e entregamos US$ 85 bilhões do melhor equipamento militar do mundo.
Em seu discurso, ele também atacou Biden pela ajuda dos EUA à Ucrânia em sua guerra contra a Rússia. “Vou manter a América longe de guerras estrangeiras tolas e desnecessárias”, disse.
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Ele citou ainda problemas internos como crime, drogas e imigração ilegal e pediu limites de mandato no Congresso, regulamentos sobre negociação de ações para legisladores federais e proibições de lobby para ex-membros do gabinete e do Congresso.