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A crise endividamento dos Estados Unidos está levando o país para uma espécie de “ataque cardíaco” financeiro nos próximos anos. A figura de linguagem tem sido utilizada por Ray Dalio, fundador do Bridgewater Associates, o maior fundo de hedge do mundo. Ele repetiu isso nesta semana em entrevista para Tucker Carlson na Cúpula de Governos do Mundo 2025, que está acontecendo em Dubai.
Usando a mesma comparação médica, o investidor disse que “a dívida se acumula como uma placa” em um sistema financeiro, e isso representa um “problema” para os governos, pois os pagamentos de juros consomem cada vez mais seus orçamentos.
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Atualmente, os níveis de dívida global estão em um nível sem precedentes, com o governo dos EUA gastando cerca de US$ 1 trilhão anualmente apenas no pagamento de juros. Dalio alertou que mais de US$ 9 trilhões em dívidas terão que ser pagas no próximo ano, levando a um desequilíbrio entre oferta e demanda no mercado de títulos e consequente aumento das taxas de juros.
Para Dalio, a questão-chave é que a dívida tem crescido mais rápido do que a renda, e isso leva à instabilidade econômica.
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Durante uma conversa recente no “The All-In Podcast”, Dalio observou que os investidores estão cientes disso, o que está fazendo com que o crédito piore e as taxas de juros aumentem.
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“Isso é como, eu não sei, comer vegetais ou algo assim. É um processo saudável. E se não, o crédito começa a acumular essa dívida, começa a se tornar como uma placa nas artérias. E você pode medi-lo da mesma forma que nas artérias, e pode ver como ele contrai o sistema circulatório”, comparou.
Em seus artigos, o investidor tem destacado que os EUA deverão chegar a um déficit de cerca de 7,5% do PIB e que o presidente Donald Trump precisa introduzir programas para reduzi-lo para 3% nos próximos três ano, para evitar uma grave instabilidade financeira.
Sobre se uma solução nesse sentido pode ser o programa de cortes de gastos realizado pelo DOGE, administrado pelo CEO da Tesla, Elon Musk, Dalio é pessimista: “Não vejo isso”. Para ele, o DOGE também deveria se concentrar no aumento de eficiência nas taxas de juros. Ele afirmou ainda que que o horizonte de três anos é alcançável se o foco for aumentar a receita tributária, fazer cortes de gastos “toleráveis” e focar nas taxas de juros.
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(Com agências)