Desenvolvedores da Sputnik relataram teste da vacina no Brasil que não ocorreu, diz Anvisa

A Anvisa e os desenvolvedores da vacina estão numa queda de braço desde que a agência rejeitou liberar a importação da Sputnik V

Reuters

Sede da Anvisa (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Sede da Anvisa (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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BRASÍLIA – A vacina russa contra Covid-19 Sputnik V não foi testada no Brasil no ano passado, ao contrário do afirmado pelos desenvolvedores do imunizante em documento enviado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), informou o diretor-presidente do órgão regulador brasileiro, Antonio Barra Torres.

“Isso não aconteceu”, disse Torres, em entrevista à GloboNews, exibindo documento que disse ter sido enviado pelos desenvolvedores da Sputnik V à agência que mostra o Brasil entre os países onde a vacina estaria sendo testada em 2020.

A Anvisa e os desenvolvedores da vacina estão numa queda de braço desde que a agência rejeitou na segunda-feira liberar a importação da Sputnik V. Entre as alegações, o órgão disse que faltavam documentos para atestar a segurança, eficácia e qualidade do imunizante.

No achado mais grave, segundo a agência, foi constatada a presença de adenovírus replicante na formulação da vacina. Os desenvolvedores da vacina negam a existência de adenovírus replicante no imunizante e disseram que a Anvisa tomou uma decisão política ao rejeitar a Sputnik.

“A replicação viral está atestada nos documentos do próprio desenvolvedor e coloca de maneira muito clara, ostensiva”, disse.

Na entrevista, Barra Torres também reiterou que a Anvisa não faz testes com a vacina, mas apenas a análise documental. “A replicação viral ela não se dá dentro de um frasco, se dá no organismo humano”, reforçou.

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