Dado de demissões nos EUA em julho confirma esfriamento do mercado de trabalho

Os empregadores dos Estados Unidos anunciaram 25.885 cortes de empregos em julho, 9% a mais que no mesmo mês de 2023; setor de tecnologia continuou a liderar os cortes de empregos no mês

Roberto de Lira

Pessoas em busca de emprego em Frankfort, EUA  (Foto: Bryan Woolston/Reuters)
Pessoas em busca de emprego em Frankfort, EUA (Foto: Bryan Woolston/Reuters)

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Os empregadores dos Estados Unidos anunciaram 25.885 cortes de empregos em julho. Embora o dado represente uma queda de 47% em relação aos cortes anunciados um mês antes, ainda significa um aumento de 9% em relação às demissões do mesmo mês em 2023, de acordo com pesquisa divulgada nesta quinta-feira (1) pela empresa global de recolocação e negócios e coaching executivo Challenger, Gray & Christmas.

O total de julho marca a quarta vez neste ano que os cortes foram maiores do que no mês correspondente do ano anterior. É também é o maior total para o mês desde 2020, quando 262.649 cortes foram registrados.

Até agora, no ano, as empresas anunciaram 460.530 cortes de empregos, uma queda de 4,4% em relação aos 481.906 cortes anunciados até julho do ano passado.

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“O mercado de trabalho está realmente esfriando, com as contratações no ponto mais baixo em mais de uma década. Enquanto estamos vendo cortes crescentes nos setores de manufatura, tanto de consumo quanto industriais, a maioria das indústrias está cortando abaixo dos níveis do ano passado”, disse Andrew Challenger, vice-presidente sênior da Challenger.

O setor de tecnologia continuou a liderar os cortes de empregos em julho, com 6.009 demissões, para um total de 65.863 no ano. O setor de serviços ficou na segunda posição, com 2.932 demissões no mês e 30.778 no ano.