Custo da construção desacelera para 0,69% em julho, puxado por mão de obra

Segundo a FGV, apesar do recuo, a tendência parece apontar para uma aceleração nos custos da construção, por conta da taxa acumulada em 12 meses de 4,42%

Roberto de Lira

Edifícios em construção no Rio de Janeiro (Foto: Pilar Olivares/Reuters)
Edifícios em construção no Rio de Janeiro (Foto: Pilar Olivares/Reuters)

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O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) variou 0,69% em julho, desacelerando em relação à taxa de 0,93% registrada no mês anterior, informou nesta sexta-feira (26) a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Segundo a FGV, apesar do recuo, a tendência parece apontar para uma aceleração nos custos da construção, por conta da taxa acumulada em 12 meses de 4,42%.

Comparativamente ao mesmo período em 2023, houve um significativo avanço no índice, que em julho de 2023 acumulava alta de 3,15%, em 12 meses.

Entre os componentes do indicador, os Materiais, Equipamentos e Serviços registraram aceleração, com o índice aumentando de 0,46% em junho para 0,58% em julho. Segundo a pesquisa, esse aumento sugere um crescimento moderado nos preços dos insumos e dos serviços do setor de construção.

Em contrapartida, o componente de Mão de Obra mostrou uma suavização em sua taxa, passando de 1,61% em junho para 0,85% em julho, o que indica uma desaceleração nos custos laborais do setor.

Capitais

As taxas de variação do INCC-M apresentaram comportamentos distintos em várias cidades brasileiras durante o mês de julho. Cidades como Brasília, Recife e São Paulo experimentaram uma desaceleração em suas taxas de variação, refletindo uma redução nos custos de construção nessas localidades.

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Em contraste, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Porto Alegre observaram um aumento em suas taxas de variação, o que sugere uma alta relativa nos custos de construção nessas cidades.